Viana do Castelo: Romaria de São João de Arga realça temática da «proteção ambiental»

Foto: Romaria em honra de São João d’Arga, no Alto Minho, DR

Viana do Castelo, 23 ago 2019 (Ecclesia) – Na Diocese de Viana do Castelo decorre entre 28 e 29 de agosto a Romaria de São João de Arga, este ano focada na temática da “proteção ambiental”.

De acordo com um comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a iniciativa, que percorre parte da cadeia montanhosa e natural que liga os concelhos de Caminha, Vila Nova de Cerveira, Viana do Castelo, Ponte de Lima e Paredes de Coura, vai ser subordinada ao lema ‘Consertar a Casa Comum’.

A organização pretende deste modo alertar as comunidades para a necessidade de “uma renovada atenção e preocupação face ao meio ambiente”, num “tempo de contínuas ações de destruição e abuso da dádiva da Criação”, hoje muitas vezes “vista como um bem transacionável”.

Na base da romaria deste ano à serra de Arga, mais concretamente ao mosteiro de São João d’Arga, tem por base a encíclica ‘Laudato si’, onde o Papa Francisco apela a uma “ecologia integral” e à inversão do ciclo de delapidação e destruição dos recursos naturais do planeta.

Os promotores do evento recordam o exemplo “de vida e ministério de São João d’Arga”, um monge beneditino que “cedo compreendeu que preparar o caminho de Jesus implicava, acima de tudo, uma vida baseada um estilo sóbrio e austero assente, também, no recurso ao sustentável aproveitamento dos bens naturais e num clima de comunhão com a natureza”.

Um legado que ficou “registado” através da “vida dos monges que construíram e habitaram as paredes do mosteiro”, pode ler-se.

No programa dos dois dias da romaria, o destaque vai para as celebrações eucarísticas que decorrerão no dia 28, às 10h30 e às 16h00; e no dia 29 de agosto, pelas 7h30 e 9h00; e que serão marcadas pelo gesto simbólico da “bênção de dezenas de sobreiros, que cada peregrino poderá depois levar para casa”.

Um gesto que além de querer destacar uma espécie natural que rodeia o mosteiro, pretende sublinhar a importância ambiental do sobreiro, “nomeadamente na conservação dos solos, na regulação do ciclo da água, na diminuição das emissões de carbono e na conservação da biodiversidade”.

No final das celebrações do dia 28 de agosto vai sair para a rua a procissão solene do martírio de São João; e no dia seguinte o programa da romaria termina com novo cortejo de encerramento das festividades.

JCP

Partilhar:
Scroll to Top