Cerca de 10 mil utentes beneficiam das respostas das instituições sociais na diocese de Viana do Castelo. Entre Centros Sociais Paroquiais, estruturas de caridade, muitas delas paroquiais também, como Cáritas ou Conferência de S. Vicente de Paulo, as respostas sociais são cada vez mais procuradas. O director do Secretariado Diocesano da Pastoral Social, o Pe. Artur Coutinho, defendeu a criação de uma “rede sócio-caritativa” no contexto da diocese de Viana do Castelo, porque permitiria a concepção de “respostas mais eficazes, abrangentes e actuais”. A proposta foi feita nas Jornadas Diocesanas sobre «A intervenção da Igreja e os desafios actuais», realizadas em Viana do Castelo. O sacerdote apontou ainda a instituição de um organismo diocesano de decisão sobre a melhor localização de Centros Sociais Paroquiais. A diocese de Viana do Castelo viu a taxa de desemprego aumentar 10 por cento durante o mês de Janeiro e a taxa de pobreza do distrito situa-se nos 23 por cento. O Pe. Artur Coutinho entende que neste domínio há muito caminho a fazer, mas que só em rede a Igreja poderá atingir a verdadeira finalidade. Presente neste encontro, a teóloga Isabel Varanda assinalou que a intervenção da Igreja só será “oportuna e eficaz na medida em que consiga trabalhar na raiz das causas” da pobreza. Sem esconder ou negar a crescente necessidade de dar pão a muita gente, a professora da Universidade Católica entende que a grande crise que hoje se vive é de “fundamento” e, por isso, mais do que alimento falta “fé, esperança e amor”. Sobre a distinção entre respostas das IPSS da Igreja e outras, através da sua intervenção, a professora de Teologia apontou a “dignidade humana” como um parâmetro para a medição do desenvolvimento actual. Com Diário do Minho