Viana do Castelo: Papa mostra pessoa como «alguém amado por Deus»

Padre Miguel Almeida apresentou exortação «Alegria do Amor» no Instituto Católico

Viana do Castelo, 21 mai 2016 (Ecclesia) – O padre Miguel Almeida, Jesuíta, especialista em Teologia Moral, disse hoje que o Papa Francisco apresenta o ser humano como “alguém amado por Deus e não como um caso problemático”, no Instituto Católico de Viana do Castelo.

“[O Papa] faz tudo para evitar o divórcio entre o Evangelho e a vida concreta, na certeza de que a realidade tem mais força do que a ideia”, explicou o sacerdote, na apresentação da Exortação pós-sinodal ‘Alegria do Amor’

Segundo o padre Miguel Almeida, uma das grandes preocupações do documento papal é “integrar todos”, na certeza de que todos necessitam da misericórdia de Deus: “O olhar do Papa diante das dificuldades é o mesmo de Jesus quando olha para a mulher adúltera ou para Zaqueu.”

“A leitura da ‘Amoris Laetitia’ mostra que a pessoa não é um caso problemático, mas alguém amado por Deus», afirmou.

No comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a Diocese de Viana do Castelo informa que sacerdote especialista em Teologia Moral considera que a Exortação ‘‘Amoris Laetitia’ “é um documento com grande amplitude” uma vez que começou com inquérito enviado aos cristãos antes das duas sessões do Sínodo dos Bispos sobre a família.

“É um documento no qual notamos o contributo das diversas Conferências Episcopais, na sua diversidade, ao mesmo tempo em que podemos encontrar várias referências à tradição da Igreja, nomeadamente a Santo Agostinho e a São Tomás», acrescentou.

No Centro de Reflexão Pastoral, do Instituto Católico da Diocese de Viana do Castelo, o orador observou que Francisco “tem consciência” que a realidade coloca sempre a pessoa no “caminho do ideal”.

Recordando as palavras do Papa sobre o casamento não ser uma realidade perfeita e acabada, o sacerdote indicou que às situações designadas como “irregulares” a atitude deve ser “acompanhar, discernir e integrar”, porque “não há pecados objetivos, pois objetiva é a lei”.

O padre Miguel Almeida concluiu referindo que o processo de discernimento, no caso das pessoas divorciadas recasados, faz-se sempre tendo presente três princípios fundamentais: “Um exame de consciência do que correu mal no primeiro casamento; uma correta avaliação das diferenças entre as várias situações, uma valorização do papel da comunidade.”

O presidente do Instituto Católico da diocese do Alto Minho, o padre Pablo Lima, sublinhou ainda que “nunca” se pode “chegar ao fim de uma estrada sem a percorre”.

“A mensagem de Jesus condena sempre o pecado, mas abraça o pecador”, acrescentou o bispo diocesano, D. Anacleto Oliveira, salientando que a Exortação Apostólica Pós-sinodal ‘Amoris Laetitia’ insere-se na temática do Projeto Pastoral de Viana do Castelo sobre a família.

CB

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Agência ECCLESIA

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