Viana do Castelo: JMJ vai mostrar que a Igreja em Portugal «está viva» – Rodrigo Vaz (c/fotos)

Peregrinos acolhidos no Alto Minho viveram dia de festa na Expolima, com celebração da Missa, arraial minhoto um padre DJ

Ponte de Lima, 30 jul 2023 (Ecclesia) – Rodrigo Vaz, jovem de 24 anos da Diocese de Viana do Castelo, vai participar em Lisboa na sua terceira edição internacional da Jornada Mundial da Juventude, e afirma que é uma oportunidade para mostrar que a Igreja em Portugal “está viva”.

“É a oportunidades de mostrar que a Igreja está viva, e é jovem. Aqui só vemos praticamente jovens, as Jornadas não são só para os jovens, são direcionadas para os jovens, mas não são só para os jovens”, disse em declarações à Agência ECCLESIA, este sábado, quando a diocese reuniu para viver um dia diocesano com os peregrinos estrangeiros dos ‘Dias nas Dioceses’.

Segundo o entrevistado, esta edição internacional da Jornada “é uma oportunidade de mostrar que a Igreja em Portugal está viva”, e vão fazer esta jornada “e mostrar que vai correr tudo bem”.

Depois das Jornadas na Polónia e no Panamá, onde foi acolhido, Rodrigo Vaz está a viver “uma experiência diferente” porque agora recebe quem vem viver a JMJ Lisboa 2023, de 1 a 6 de agosto, mas na semana anterior participa nos ‘Dias nas Dioceses’, que terminam este domingo.

“Na minha aldeia, Castelo do Neiva, acolhemos 32 jovens polacos, desde acordar cedo a levá-los aos locais, preparar a alimentação, tem sido diferente. E é engraçado porque como já estive noutras Jornadas agora tenho estas duas oportunidades, o de ser recebido e o de receber”, desenvolveu, recordando que na Polónia conheceram “o país, a cultura, tradições, a religiosidade, a fé”, e agora prepararam e potenciam “essas oportunidades aos peregrinos”.

Os ‘Dias nas Dioceses’ pretendem oferecer aos peregrinos “uma experiência eclesial de partilha de fé, do ser Igreja” nas comunidades de acolhimento, para conhecer a Igreja local, “com as suas especificidades, as pessoas e a região”

Viana do Castelo acolhe o programa dos ‘Dias nas Dioceses’ (DND), antes da Jornada Mundial da Juventude, que este sábado incluiu um dia de festa na Expolima, com Eucaristia presidida pelo bispo D. João Lavrador, e durante a tarde, atuação do Rancho Folclórico, espetáculo de acordeão, a Festa da Juventude, com o padre Guilherme Peixoto e o seu DJ set.

“A fé cristã tem a expressão da alegria, Jesus Cristo em toda a vida que ele nos dá é para que tenhamos alegria, São Paulo convida, inclusivamente, as comunidades a quem ele se dirige para viverem na alegria. Viver na juventude é viver na alegria, uma das características normais dentro destes contextos, destes acontecimentos, Jornadas Mundiais da Juventude, estes Dias nas Dioceses, portanto, através dos jovens não pode ser feito noutro contexto senão na alegria”, destacou o bispo de Viana do Castelo.

À Agência ECCLESIA, D. João Lavrador explicou que é na festa que o jovem reconhece que “tem um compromisso a fazer no sentido da sua dinâmica no meio do mundo, e transformar esta cultura em mecanismo de festa”.

“Tristezas, temos muitas, opressão, temos muita, guerras, temos muitas, temos muita coisa de negativo. E o apelo que foi feito aqui, logo a partir da Eucaristia, é que é preciso edificar uma cultura, como cria João Paulo II, a civilização do amor, criar as condições para que o amor impere neste mundo e confiamos muito nos jovens”, realçou.

Segundo D. João Lavrador, as vilas e cidades da diocese sentiram “a festa dos jovens”, desde dia 26 de julho: “Várias línguas, várias formas de ser, várias culturas, vieram até aqui e estão todos numa harmonia, numa fraternidade”.

“Apostemos na juventude que querem dar vida a este mundo; o amor de Jesus Cristo está nos jovens e os jovens são chamados a ser portadores deste amor de Cristo no meio desta sociedade”, observou o bispo diocesano.

A Diocese do Alto Minho vive este hoje o dia das famílias, onde as famílias de acolhimento vão poder estar mais tempo com os jovens peregrinos, antes da viagem para a JMJ Lisboa, na segunda-feira.

Paula Gonçalves e Ricardo Sousa, de Arcozelo, em Ponte de Lima, vão a Lisboa “com os jovens da paróquia”, por isso, realizaram um caminho de preparação e decidiram “porque não ser uma família de acolhimento”: “Tal e qual como Cristo acolheu e nos acolhe a cada um de nós”.

Segundo Paula Gonçalves, “está a ser muito bom” acolher duas jovens francesas, mas “é pequena ser muito pouco tempo, é tudo a correr, porque têm várias atividades ao longo dos dias”.

Ricardo Sousa, lembrando a “dificuldade da linguagem”, salienta que “dá para as conhecer, saber o que estão a fazer”, e, adianta que esperam que domingo, “seja um dia para estar mais à vontade e para dar a conhecer mais a região”, onde se destacam as paisagens.

Já Carina Barbosa, da Paróquia de Subportela, no Arciprestado de Viana do Castelo, afirma que na comunidade estão “bastantes contentes” com o acolhimento de 13 jovens polacos: “Foi uma primeira experiência, nunca tivemos isto”.

“É uma experiência bastante emocionante, sinto que toda a gente ganhou, conseguimos ganhar relações muito fortes. Já fizeram o convite para visitar a Polónia e esperamos que um dia possam voltar”, concluiu.

Os ‘DND’ são apresentados como “um caminho de preparação para os peregrinos e para as comunidades anfitriãs para a vivência da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa”, que se realiza de 1 e 6 e agosto de 2023, e vai permitir o encontro de jovens de todo o mundo com o Papa.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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