D. Anacleto Oliveira presidiu ao início das celebrações da Semana Santa na diocese, este domingo
Viana do Castelo, 10 abr 2017 (Ecclesia) – O bispo de Viana do Castelo presidiu este domingo à bênção e à Eucaristia de Ramos, no início da Semana Santa, e à Procissão do Senhor dos Passos.
O ponto alto da Procissão do Senhor dos Passos foi o 'Sermão do Encontro' entre Jesus e sua Mãe, na Praça da República, onde D. Anacleto Oliveira recordou o Centenário das Aparições de Fátima como manifestação da presença constante de Nossa Senhora “na vida da humanidade”.
Na informação enviada hoje à Agência ECCLESIA, pelo Secretariado Diocesano de Comunicação Social de Viana do Castelo, D. Anacleto Oliveira recordou na ocasião que as aparições aconteceram num período em que a Europa era devastada pela Primeira Guerra Mundial e Portugal “afligido pelos excessos” da República que “procurava banir do povo a sua dimensão religiosa”.
Para o bispo de Viana do Castelo, as aparições na Cova da Iria tiveram “consequências para a vida da Igreja” e, por isso, têm merecido a visita de diversos Papas: Paulo VI, João Paulo II, Bento XVI já visitaram Fátima e Francisco vai estar em Fátima nos dias 12 e 13 de maio.
O bispo diocesano sublinhou que o atual Papa tem “apresentado uma mensagem que convida a Igreja a sair de si mesma e a ir ao encontro dos mais frágeis”.
No final da reflexão, D. Anacleto Oliveira convidou os presentes a confiar a Maria todos que são “vítimas de violência”, como os atos de terrorismo e no seio das próprias famílias.
O bispo de Viana do Castelo no início do sermão assinalou que no Evangelho não existe “qualquer referência ao encontro de Cristo com Maria a caminho do Calvário”, por isso, nessa cena Maria encontra-se “com cada um” porque “passa a ser a Mãe dos crentes e, desde essa hora, nunca mais abandona”.
O Secretariado Diocesano de Comunicação Social de Viana do Castelo informa que antes desta manifestação religiosa popular, na manhã deste domingo, D. Anacleto Oliveira deu início à Semana Santa com a bênção dos ramos.
“Os palmitos de Viana são os mais bonitos do mundo, sobretudo porque são feitos com muita paciência e muito amor, o que manifesta um carinho especial por Aquele que, de acordo com o Evangelho, foi aclamado pelo Povo ao chegar a Jerusalém com ramos de árvores”, observou.
Na sua homilia, D. Anacleto Oliveira destacou que São Mateus no Evangelho insiste na figura de Judas porque aquilo que ele fez continua hoje a fazer-se.
“Hoje muitos trocam Jesus por outras coisas, como dinheiro ou prestígio, servindo-se de Jesus em proveito próprio”, alertou.
Para o bispo de Viana do Castelo a figura de Judas não deve “desanimar” porque é apenas um em doze e mostra a grandeza de Cristo que “faz dos pecados, e até dos crimes mais horrendos, ocasião para cumprir a Escritura e, dessa forma, manifestar a Sua misericórdia”.
CB/PR