Bispo publicou mensagem de Ano Novo e do Dia Mundial da Paz
Viana do Castelo, 03 jan 2024 (Ecclesia) – O bispo de Viana do Castelo apelou à participação de todos na causa da paz, num momento marcado pelo regresso do “primitivismo da guerra que vitima tantas pessoas, populações, e sobretudo inocentes”.
“Realmente, a edificação da paz exige um compromisso de todos. Normalmente, olhamos para os conflitos como algo longínquo ou dependendo da responsabilidade de outros. Raramente nos implicamos no gerar de litígios que, aos diversos níveis, colocam a paz em risco”, lamentou D. João Lavrador, na mensagem de Ano Novo e Dia Mundial da Paz, publicada a 28 de dezembro.
Segundo o bispo diocesano, “o processo que leva à edificação da paz exige uma verdadeira educação para a paz e passa pelo compromisso nos pequenos gestos pessoais, na relação interpessoal, na família, nas comunidades, nas associações, no domínio político, ideológico e na promoção da fraternidade bem fundamentada”.
“É tempo de cuidar dos critérios, dos valores, isto é, do tecido que leva à paz e que todos somos chamados a tecer. Todos estamos implicados”, advertiu.
Para D. João Lavrador, celebrar no primeiro dia do ano a Solenidade de Nossa Senhora, Mãe de Deus e o compromisso pela paz, interpela todos a percorrer caminhos que levem até ela, reconhecendo que esta, “sendo uma tarefa de todos, é antes de mais um dom divino”.
O bispo lembra que “Jesus é anunciado como o Príncipe da Paz” e que, nesse sentido, o fundamento mais sólido para a edificação da paz exige a deslocação ao encontro de Jesus de Nazaré e ao envolvimento pela comunhão e missão a que Ele conduz, nomeadamente cada um tornar-se arauto e mensageiro “da Boa Notícia que se traduz na comunhão de Deus e na convivência fraterna entre todos os irmãos”.
“O imperativo evangélico de colocar em primeiro lugar os marginalizados e os simples, os pobres e os abandonados é essencial para a promoção da paz”, realçou.
Sobre a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz que este ano teve o tema “Inteligência Artificial e a Paz”, D. João Lavrador destaca que “dada a complexidade e a ambição que esta área do saber e da tecnologia despertam, é crucial levantar a questão ética como condição da dignidade do homem”.
“Verdadeiramente a paz exige um compromisso comum e alicerces sólidos assentes num verdadeiro humanismo, do qual terá de fazer parte sublime a comunhão com Deus, para ser robusta e duradoira”, manifestou.
LJ/OC