Viana do Castelo: Diocese apoia mosteiro carmelita e construção de escola na Guiné-Bissau

Mensagem de D. João Lavrador para a Quaresma convida a superar cultura «das aparências e da superficialidade»

Foto: Diocese de Viana

Viana do Castelo, 16 fev 2024 (Ecclesia) – As comunidades católicas de Viana do Castelo vão apoiar o mosteiro carmelita na diocese e a construção de uma escola na Guiné-Bissau, com a sua renúncia quaresmal de 2024, anunciou o bispo diocesano.

“Como é habitual, a partir da renúncia, jejum, ascese e partilha a que somos convidados, ouvido o Conselho Episcopal diocesano e o Colégio de Consultores, o fruto desta renúncia quaresmal deste ano será destinado, em partes iguais para a construção de um Centro Escolar em Cacheu, na Guiné, e para as Irmãs Carmelitas do Mosteiro de Santa Teresinha do Menino Jesus, em Viana do Castelo, que se propõem melhorar as suas condições de habitação e não possuem recursos económicos”, explica D. João Lavrador, na sua mensagem para a Quaresma.

O responsável católico espera que, a par com a ajuda económica, a iniciativa solidária promova “o despertar das comunidades cristãs”, particularmente para a situação das crianças que necessitam de condições de escolaridade “num país e numa Igreja com muitas dificuldades”.

“Quanto às irmãs Carmelitas, urge conhecê-las melhor e a profundidade do seu carisma na evangelização da nossa diocese. Que seja um despertar da vocação religiosa e de consagração nos nossos jovens”, acrescenta.

A renúncia quaresmal é uma prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.

A mensagem do bispo de Viana do Castelo para a Quaresma apela à superação de uma “cultura das aparências e da superficialidade”.

“Este tempo é marcado pela necessidade de conversão, metanoia, que não depende tão só do esforço pessoal, embora o exija, mas sobretudo na abertura à graça divina”, indica.

O Secretariado Diocesano da Evangelização e Catequese elaborou uma proposta de vivência quaresmal, na família e na comunidade paroquial.

Apelo aos sacerdotes que juntamente com os agentes pastorais mais responsáveis da comunidade elaborem um verdadeiro itinerário de iniciação cristã, ao longo da Quaresma, assente no dinamismo da liturgia da Palavra de cada domingo”.

D. João Lavrador pede que os sacerdotes se disponibilizem para “o acolhimento e para atender cada um dos penitentes que busca o sacramento da reconciliação”.

“Nunca tanto como hoje as pessoas manifestam a necessidade de alguém que as ouça, que as acolha e que lhes ofereça a graça do perdão”, sustenta.

A Quaresma, que teve início com a celebração das cinzas, é um tempo litúrgico, de 40 dias (a contagem exclui os domingos), marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência; serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão (este ano a 31 de março).

“Apelo ao essencial na oração, jejum, abstinência e partilha. Numa sociedade que seduz para a abundância e para a escravidão dos bens materiais, este tempo quaresmal reveste-se de uma oportunidade, a exemplo de Jesus Cristo no deserto, se afasta da tentação do prestígio, do possuir, do prazer desenfreado e do poder, para se centrar no essencial da vida de cada pessoa”, escreve o bispo de Viana do Castelo.

OC

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Agência ECCLESIA

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