Responsável lamentou «pouca formação cristã e deficiente evangelização»
Viana do Castelo, 14 abr 2022 (Ecclesia) – D. João Lavrador pediu hoje na celebração da Ceia do Senhor a valorização do dia de domingo e a vivência “cristã em comunidade”, capaz de gerar “missão evangélica no mundo”.
“Ao longo do tempo e sobretudo nos últimos séculos foi-se separando a condição de ser cristão da sua integração numa comunidade e da consciência de participar na Eucaristia.
Podemos afirmar que é hoje um dos grandes obstáculos a vencer para uma vivência séria da fé cristã. Não se pode fazer uma verdadeira experiência cristã sem participação consciente e ativa na Eucaristia, uma autêntica família que estabelece laços de comunhão, de partilha e serviço que se distinguem no meio do mundo pelo testemunho da sua fé alicerçada no amor em Deus e aos irmãos”, afirmou o bispo de Viana do Castelo na homilia da celebração Ceia do Senhor, a que presidiu na Sé de Viana do Castelo, e enviada à Agência ECCLESIA.
O responsável lamentou a “desvalorização do domingo pela pouca formação cristã e pela deficiente evangelização”.
“Todos sabemos que as condições de vida da sociedade de hoje se alteraram de tal modo que o tempo já não é tão distinto e valorizado como em tempos antigos. Se antes o domingo era valorizado e distinto dos outros dias pela própria cultura envolvente, hoje, reclama-se de cada pessoa e de cada comunidade o aprofundamento do significado do dia de domingo, tão importante e tão humanizador”, sublinhou.
O bispo de Viana do Castelo indicou que a “Ceia Pascal” se manifesta “na revelação de Jesus Cristo” mas também “no compromisso de serviço humilde, simples e desprendido para todo aquele que se aproxime da Sua celebração”.
“Renovação e conversão” é pedida a quem é chamado a celebrar e a viver a Ceia Pascal, indicou.
De forma consciente os cristãos “colocam-se no mundo em atitude de missão evangélica em postura de serviço sobretudo aos mais pobres e excluídos”, pediu D. João Lavrador, lembrando o apelo do Papa Francisco para que se percorram caminhos “de edificação de comunidades cristãs de rosto sinodal, na comunhão, na participação e na missão”.
“O convite é dirigido a todos os batizados para que alimentados na Eucaristia, vivam de tal modo o amor fraterno que a sua comunhão eclesial seja nítida, atraente e contagiante; que o estimulo interior para uma participação ativa e consciente na comunidade se expresse na corresponsabilidade na missão evangelizadora da Igreja ao serviço da pessoa e da sociedade”, indicou.
LS