Mensagem para o Advento 2025 pede atenção aos mais pobres e marginalizados
Viana do Castelo, 01 dez 2025 (Ecclesia) – O bispo de Viana do Castelo alertou na sua mensagem de Advento para o “desânimo” que atinge hoje as famílias, as instituições e a própria Igreja, apelando à “coragem” para enfrentar o secularismo e a indiferença.
“O desânimo manifesta-se hoje em todas as circunstâncias e em todas as instituições” escreve D. João Lavrador.
“Sente-se na sociedade que respira sentimentos de rivalidade, de violência e de ódio; sente-se nas instituições que sofrem do individualismo paralisador”,
Sob o título “Dizei aos corações desanimados: ‘Tende coragem, não temais’”, inspirado no profeta Isaías, o texto traça um diagnóstico da realidade social, marcada por pessoas que “perderam o sentido da vida” e por famílias invadidas pela “discórdia”.
Na verdade, a grande lição que nos vem deste tempo de Advento e da celebração do Natal é, de facto, o valor da vida de cada pessoa e o seu protagonismo, mas igualmente a sua abertura à ação de Deus.”
D. João Lavrador identifica também sinais de desalento no interior da Igreja, apontando causas específicas: “O secularismo, a indiferença religiosa, o afastamento da prática cristã, o medo ao compromisso, o reduzido número de vocações à vida sacerdotal, consagrada e matrimonial”.
Perante este cenário, o bispo diocesano propõe um caminho de esperança que passa pelo “encontro com o amor de Deus” para resgatar o ser humano da sua “consciência isolada”.
“Como resposta ao desânimo, voltados para o apelo à coragem, sigamos ao encontro de Jesus Cristo que vem para nos fortalecer”, exorta.
A mensagem destaca as figuras bíblicas do Advento – Maria, João Batista e Isaías – como modelos de quem se descentra de si mesmo para se colocar “ao serviço do projeto divino”.
Ao nível diocesano, D. João Lavrador lembra que esta caminhada se insere na preparação para o Jubileu dos 50 anos da criação da Diocese de Viana do Castelo.
Na conclusão, o responsável católico dirige votos de Natal a todos os diocesanos, com uma atenção especial “aos mais pobres e marginalizados, aos imigrantes e desalojados, aos que estão presos e aos doentes e a viver na solidão”.
Citando o Papa Francisco, D. João Lavrador pede que o Menino Deus ajude a “reencontrar a confiança necessária, tanto na Igreja como na sociedade” e nas relações internacionais.
O tempo do Advento, que se iniciou este domingo, marca o arranque de um novo ano no calendário litúrgico da Igreja Católica, englobando os quatro domingos anteriores à solenidade do Natal.
OC
