D. Anacleto Oliveira desafiou os fiéis a levarem «para fora» a «vida» que receberão no templo, anunciando Cristo aos outros
Viana do Castelo, 10 set 2012 (Ecclesia) – O bispo de Viana do Castelo defende que a igreja da Sagrada Família, o novo espaço de culto da cidade, deverá encorajar os fiéis a serem “mais generosos” na sua dádiva a Deus e ao próximo.
De acordo com o Diário do Minho, D. Anacleto Oliveira presidiu este sábado à inauguração da obra, na paróquia de Nossa Senhora de Fátima, recordando aos fiéis que a “vida” que recebem dentro da Igreja deve ser transportada “para fora” e anunciada aos outros.
“Quem sai daqui, para onde quer que vá, tem de fazer uma festa”, apontou o prelado, considerando que só assim é que o investimento neste projeto terá “valido a pena”.
A obra, que começou a ganhar forma em 2004, está avaliada em três milhões de euros e é vista como um símbolo da importância da solidariedade e da comunhão entre as pessoas.
Os custos foram totalmente suportados pelos paroquianos de Nossa Senhora de Fátima, com o contributo de amigos, sacerdotes e bispos da região.
O único investimento externo foi o terreno, atribuído pela câmara municipal com a condição de servir também para a realização de atividades sociais e culturais.
Com a abertura do monumento religioso, a comunidade católica de Viana do Castelo passa a usufruir de um espaço de oração e encontro mais moderno, com capacidade para 1400 pessoas.
Durante a cerimónia de dedicação da nova igreja, D. Anacleto Oliveira chamou a atenção para a mensagem contida na configuração arquitetónica da obra, que “vista por dentro” parece “um ovo”, sugerindo “a fecundidade”, e “vista de cima” tem “a configuração de uma árvore”, que aponta para o episódio de Zaqueu.
De acordo com a Bíblia, esta personagem bíblica citada no Evangelho de São Lucas (19, 1-10) cobrava impostos para os romanos, na cidade de Jericó.
O texto descreve-o como um homem injusto, visto como um traidor no meio dos seus compatriotas judeus, que por ser pequeno teve de subir a um sicômoro para poder ver Jesus, que passava pela região acompanhado por uma grande multidão.
“Ele teve de subir à árvore para transformar complemente a sua vida” mas para isso teve de “reconhecer” primeiro a sua própria “pequenez”, concluiu o bispo vianense.
DM/JCP