Viana do Castelo: Bispo elogia festas de Nossa Senhora da Agonia

D. Anacleto Oliveira destaca importância da religiosidade popular na fé e na cultura

Lisboa, 20 ago 2012 (Ecclesia) – O bispo de Viana do Castelo enalteceu o esforço dedicado à preparação das festas de Nossa Senhora da Agonia, iniciadas esta sexta-feira e que hoje terminam na cidade minhota.

“Cresce a admiração que tenho não só pela romaria em si como pelo empenho com que as pessoas se entregam à realização destas festas, nomeadamente as mais ligadas à Confraria da Senhora da Agonia”, afirmou D. Anacleto Oliveira ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC), em declarações publicadas este domingo.

O prelado considera que “a religiosidade popular, que tem nas romarias uma manifestação privilegiada, é qualquer coisa de muito profundo e que impressiona, motivada por razões de ordem humanas e culturais – no fundo, existenciais”.

“Vem gente de todo o mundo. É impressionante a multidão de pessoas que encontramos aqui, mesmo nestes tempos de crise”, disse, a respeito das festas da Senhora da Agonia, frisando que “a relação profunda com Deus faz parte da identidade desta gente, mesmo que não tenha formação cristã muito forte”.

D. Anacleto Oliveira, presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade, defende que “não há oposição” entre as celebrações oficiais católicas e a piedade popular: “Pelo contrário, é nestas que encontramos um terreno fértil para que as propostas da Igreja sejam acolhidas e vividas”.

Após a missa que se inicia hoje às 14h30, o bispo de Viana do Castelo vai presidir também à procissão marítima protagonizada pelos pescadores, numa cidade onde o feminino impõe a sua força: “Notamos com mais intensidade a presença das senhoras nas festas, embora os homens tenham todo o gosto de transportar a imagem de Nossa Senhora da Agonia ou outras”.

O responsável salienta que é nas “expressões culturais que reside a busca da vida”: “É do mais humano que encontramos, e é nesta raiz humana que se deve lançar o Evangelho”.

“Há um ano publiquei a minha primeira Carta Pastoral, que incide sobre as expressões humanas e culturais. Tentaremos no futuro, nomeadamente no próximo Ano da Fé [outubro de 2012 a novembro de 2013] construir um conjunto de atividades que se enquadre nessa perspetiva”, adiantou.

SNPC/OC

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Agência ECCLESIA

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