D. João Lavrador escreveu mensagem de Ano Novo e Dia Mundial da Paz 2026, lembrando «focos de guerra que tendem a alastrar-se»
Viana do Castelo, 24 dez 2025 (Ecclesia) – O bispo de Viana do Castelo destacou a urgência de despertar “para a causa da paz frente à violência e à guerra”, na mensagem de Ano Novo e Dia Mundial da Paz 2026 (1 de janeiro).
“Sim, o pior que nos está a acontecer é o desleixo e adormecimento perante os graves conflitos que nos rodeiam. Habituarmo-nos à situação de violência como se ela não existisse é das piores situações para todos nós hoje”, escreveu D. João Lavrador, no texto partilhado esta terça-feira na rede social facebook da diocese.
O bispo defende que urge reconhecer o que o Papa Francisco apelidou de uma “guerra mundial aos pedaços”, sublinhando que “o mundo está em guerra e ninguém fica imune aos seus efeitos”.
A Europa, o Médio Oriente, a Ásia e a África, tal como a América, incluem focos de guerra que tendem a alastrar-se. Contudo, a situação de violência vai para além da guerra e atinge países, comunidades, famílias e vizinhanças”, afirmou.
D. João Lavrador considera que a “própria comunicação social não está imune ao dar lugar à violência e à agressão” e que “esta situação exige novos caminhos que conduzam à paz”.
Lembrando a mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz 2026, o bispo diocesano apelou a seguir o apelo do pontífice, que incentivou a que “cada comunidade se torne uma ‘casa de paz’, onde se aprende a neutralizar a hostilidade através do diálogo, onde se pratica a justiça e se conserva o perdão”.
‘Rumo a uma paz desarmada e desarmante’ é o tema do documento de Leão XIV.
O bispo de Viana do Castelo evidenciou que “a tarefa da paz interpela a todos e cada um dos cidadãos, nomeadamente os cristãos, e é o processo continuo, de uma particular atenção e cuidado permanente”.
D. João Lavrador reforça que “se a edificação da paz é obrigação de todos os homens e mulheres” do tempo atual, “maior obrigação têm os cristãos que uma vez em comunhão com Cristo sentem a missão de ser testemunhas da Boa Nova da Paz no meio do Mundo”.
A edificação da paz é um dom e uma tarefa. Imploremos o dom da paz que nos é dada em Jesus de Nazaré e lancemo-nos na tarefa de viver, proclamar e testemunhar a verdadeira paz que nasce da fraternidade, da justiça, da comunhão, do amor, edificada na humildade, na simplicidade e na generosidade”, pediu.
No final da mensagem intitulada “O Senhor volte para ti os Seus olhos e te conceda a paz”, o bispo diocesano expressou “votos de feliz ano novo para todos os diocesanos, os que estão no nosso território e os que estão na diáspora, às famílias, às crianças, jovens e idosos, mas sobretudo aos mais pobres e marginalizados, aos que estão presos e aos doentes e a viver na solidão”.
O Dia Mundial da Paz foi instituído, em 1968, pelo Papa São Paulo VI (1897-1978), e é celebrado no primeiro dia do novo ano.
LJ
