Viana: Arrancou a Semana da Diocese

Na celebração do 31.º aniversário, D. José Pedreira, apela à descoberta do ideal que dá sentido à vida e à morte «Viver [o] ideal cristão é encontrar um sentido para a nossa existência, para a nossa vida, que envolve também um sentido para o acontecimento da morte. De olhos desvelados e iluminados pela virtude da fé, não nos deixamos dominar pela tristeza como os não crentes, os que professam teórica ou praticamente o ateísmo». As palavras são do Bispo de Viana do Castelo, D. José Pedreira, que ontem presidiu à celebração que marcou o início da Semana da Diocese na qual se assinalam os 31 anos da sua instituição canónica com um conjunto de iniciativas até ao próximo Domingo. Em dia de “Fiéis Defuntos”, o prelado sublinhou que deixar este mundo terreno, material, frágil e sujeito ao desgaste do tempo, «é começar a fazer parte dum outro estado de vida», reconhecendo a dificuldade em a caracterizar com conceitos humanos por falta de «palavras mais adaptadas». Recorrendo a comparações disse que a «supremacia desse estado de vida é tão gratificante como se se tratasse “dum banquete requintado”, em que Cristo é o pão vivo descido do Céu», sinais sacramentais da santíssima Eucaristia ou «passar das trevas que nos envolvem neste mundo terreno» à «claridade da luz, podendo contemplar o Senhor tal como Ele é». Esta celebração é manifestação da nossa crença na «comunhão de todos os fiéis em Cristo», dos que peregrinam na terra, dos defuntos em processo de purificação (estado de purgação) e dos bem-aventurados do Céu que já atingiram a plenitude da glória. «Formamos todos uma só Igreja», concluiu. Uma vez que os fiéis defuntos também são membros da mesma comunhão dos santos, prosseguiu D. José Pedreira, «nós podemos ajudá-los, entre outros modos, obtendo para eles indulgências, de modo que sejam libertos das penas temporais devidas por seus pecados». Mas, se é digno e justo rezar pelos mortos, «mais meritório e digno para a vida futura é uma vida animada por uma fé comprovada, em que resplandece a caridade manifesta por boas obras» explicou o Bispo Diocesano, sublinhando que foi assim que pensaram e realizaram «todos aqueles fiéis que se empenharam na edificação da Igreja de Cristo, na recém criada diocese de Viana do Castelo». «Houve vidas generosas que dedicaram muito do seu tempo, persistentes cuidados e até os seus bens materiais para que esta diocese fosse criada». Por isso, «muitos dos méritos acumulados» durante estes 31 anos de evangelização «são-lhes proveitosos na vida eterna» e «festejam hoje jubilosamente connosco este dia». Outras personalidades houve que se distinguiram durante este período de tempo ao «participar e colaborar nas iniciativas pastorais mais significativas para que esta Igreja local cumpra a sua missão de levar a mensagem de Jesus Cristo a todos aqueles/as que a desejam receber», disse o D. José Pedreira numa alusão aos sacerdotes, religiosos e outros consagrados; aos fiéis leigos que ao nível paroquial ou diocesano, integram as estruturas de decisão e conselho, os secretariados de acção pastoral, as associações, movimentos e obras de apostolado, através dos quais se vive e comunica a fé e a caridade cristã. «Bem hajam todos pela vossa fé, pelo vosso testemunho cristão e pelo sentido de Igreja que difundis ao vosso redor», concluiu D. José Pedreira nesta jubilosa celebração. Hoje, os sacerdotes de Viana do Castelo reúnem-se em Fórum para reflectirem sobre a Plano Pastoral da Diocese e sobre a figura do Apostolo S. Paulo, numa iniciativa de formação permanente que decorre todo o dia no Seminário Diocesano. Paulo Gomes

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