A Pastoral Juvenil de Portalegre – Castelo Branco está empenhada na organização de uma Via Lucis, uma iniciativa que pretende fazer caminho neste tempo pascal, mas fazê-lo com os jovens. Com esse mesmo objectivo, estiveram reunidos com os animadores dos jovens das várias paróquias, na zona de Mação. A diocese de Portalegre – Castelo Branco, dada a sua extensão territorial, encontra realidades diferentes. Pôr todos em contacto é o que pretende a pastoral juvenil, indo ao encontro, reunindo por zonas, com os responsáveis dos grupos juvenis. São também eles jovens que manifestam algumas dificuldades no trabalho concreto. “Não é fácil hoje trabalhar com a mobilidade dos jovens, que têm muitas solicitações”, explica o responsável pela Pastoral Juvenil de Portalegre – Castelo Branco. Mação “é uma zona bastante desertificada, dada a sua interioridade e ruralidade”, mas onde existem jovens. Isso mesmo, inquieta o Pe. Adelino Cardoso, “porque se encontram afastados da Igreja”. Ir ao encontro manifesta-se na Via Lucis, que pretende percorrer todos os cantos da diocese, Mação inclusive, numa forma de incentivar os jovens a aderir e a conhecerem-se mutuamente. A etapa tem o seu início no próximo Sábado, dia 14, entre Abrantes e Mouriscas, seguindo depois para Mação. Onde há muitos jovens, “uns vão atraindo outros”, perspectiva o Pe. Adelino Cardoso. Numa zona de interior esta não é a realidade. “Onde há poucos e que se encontram desmobilizados, é complicado”, lamenta. Por isso, conta com o apoio dos animadores, dos párocos, dos catequistas para os atrair com “mensagens atraentes também”. À medida que os jovens vão crescendo “fogem também para outros distritos, com a chegada da idade de frequência universitária”. Durante a semana, “não temos os jovens, ao fim de semana ou ficam nas cidades ou fecham-se em casa a estudar”, tudo condicionantes “nada fáceis de coordenar”. A aposta tem de ser “numa catequese a longo prazo”. As caminhadas surgem como uma forma de se porem em conhecimento através das novas tecnologias, dos meios de comunicação. A proposta é um dia, ao longo de cerca de 14 quilómetros, com paragens pelo meio, “aliando momentos de convívio e também de reflexão”. Termina a meio da tarde “com um momento de oração”. A adesão tem sido entusiasmante, “há já muitos grupos inscritos que, por sua vez, vão trazendo outros jovens mais afastados”, explica o Pe. Adelino Cardoso. A última etapa está marcada para 2 de Junho.