Três agrupamentos da Região de Leiria-Fátima apoiaram os bombeiros na Freguesia de Arrabal
Leiria, 01 ago 2020 (Ecclesia) – O Corpo Nacional de Escutas (CNE) está a participar na luta contra os incêndios florestais, através das Equipas de Apoio de Retaguarda (EAR) que prestam auxílio aos operacionais e às populações.
Em declarações à Agência ECCLESIA, Carolina Manha, do Departamento Regional da Proteção Civil e Segurança da Região de Leiria-Fátima do CNE, explica que o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) “tem ligação direta a cada região” e indica “o que precisam”, como aconteceu recentemente num fogo florestal na Freguesia do Arrabal, com apoio “na distribuição de refeições aos bombeiros”.
“No espaço de uma hora, duas horas, chegou apoio e tínhamos pessoas a ajudar”, adianta a entrevistada, sobre a presença dos escuteiros dos Agrupamentos da Marinha Grande, de Monte Real e Arrabal.
Já o delegado da Proteção Civil do Agrupamento de Arrabal referiu que, apesar de ainda não terem Equipa de Apoio de Retaguarda formalizada, reuniram cinco dirigentes e cerca de 10 escuteiros para distribuir refeições desde a noite de 17 de julho, sexta-feira, até ao pequeno-almoço de domingo.
Paulo Pereira agradeceu o “apoio” dos Agrupamentos da Marinha Grande e de Monte Real, que foram “ajudar nesta situação, muito desgastante”.
“O nosso trabalho foi encaminhar os carros dos bombeiros para o parque do salão paroquial; esteve outra equipa na entrada do salão, a encaminhar, estivemos a dar refeições, que eram individuais por causa da Covid-19, e sempre que saiam íamos desinfetar todo o espaço – a mesa, os bancos -, para evitar a contaminação”, explicou à Agência ECCLESIA.
Carolina Manha sublinha que as EAR, ativas durante o ano inteiro, também ajudam a evacuar as povoações, por exemplo, quando o fogo ameaça as casas, se for pedida essa ajuda, bem como a “montar um campo para acolher as pessoas”.
“Libertam os meios que podem ser precisos no terreno. Os escuteiros têm a estrutura, competências de organização, que fazem com que rapidamente seja possível oferecer refeições para muita gente”, exemplificou.
Estas equipas são para escuteiros maiores de 15 anos – pioneiros, caminheiros e dirigentes – num serviço de apoio realizado em segurança, uma vez que “para estar no terreno existem os outros profissionais”.
Segundo Carolina Manha, existem cerca de 10 EAR na Região de Leiria-Fátima, que têm entre cinco a sete elementos e um responsável por equipa.
“O ideal era todos os agrupamentos terem uma Equipa de Apoio de Retaguarda para estarem disponíveis para estas ocorrências”, admite.
A responsável refere ainda que as EAR estão “sempre ativas o ano inteiro para qualquer situação, como inundações”, noutras alturas do ano, “desde que o Centro de Operações peça ajuda”.
Paulo Pereira adiantou que, na última semana de julho, o Agrupamento de Arrabal enviou para a Junta Regional de Leiria-Fátima a constituição de duas equipas, destacando também a importância da “formação” que vão ter “mesmo para os pais, para que saibam que os filhos não vão andar em zona de risco e acompanhados de adultos”.
CB/OC