Verão: Campos de férias católicos são ocasião de «crescimento pessoal, operacional, relacional e espiritual» – Marta Beja

Proposta para crianças e jovens foi alvo de investigação no âmbito de uma tese de mestrado em Psicologia

Foto: Associação Candeia

Lisboa, 19 jul 2023 (Ecclesia) – Marta Beja, mestre em Psicologia, fez uma tese sobre os campos de férias, que vê como uma ocasião de crescimento “pessoal, operacional, afetivo e relacional,” e nos campos católicos, também a nível espiritual.

“Os campos ajudam a adquirir ferramentas operacionais: aprendizagem de vários instrumentos que ajudam no dia-a-dia, e são úteis para o mercado de trabalho: improvisação, lidar com desafios, saber trabalhar em equipa, a organização. Na investigação percebi que estes campos ajudam a adquirir competências operacionais para a vida”, explica a jovem, de 26 anos, à Agência ECCLESIA.

Marta Beja participou em vários campos de férias ligado à sua paróquia em Santo António do Estoril, no Patriarcado de Lisboa, chamados ‘Cravas’ e ‘Milonga’.

Quando no seu percurso formativo teve necessidade de eleger um tema para investigação percebeu que os campos de férias católicos já tinham sido algo que uma trabalho prévio e decidiu centrar a sua tarefa nos animadores.

“Todos os que experimentam os campos percebem uma mudança e pensei que seria interessante perceber se seria validado cientificamente”, reconhece.

Foto: Agência ECCLESIA/MC

A futura psicóloga, a terminar o estágio para a Ordem dos Psicólogos, indica que as conclusões validaram o “grande tempo de crescimento” que esta proposta para crianças e jovens oferece.

Os campos de férias são um tempo de “maior autoconhecimento”, ajudam a desenvolver a confiança” nos próprios animadores, porque os leva, indica Marta Beja, “a sair da zona de conforto”.

Também a nível afetivo, as conclusões apontaram para a concretização de “fortes relações de amizade, verdadeiras e duradouras”, traduziram os animadores.

A investigação apontou o “espírito de serviço e disponibilidade para os outros” como algo “muito abordado”.

“Saber que se pertence a algo maior é estruturante, e saber que cada um tem um papel importante no mundo, é muito relevante”, reconhece.

Marta Beja conclui que os campos de férias, “mesmo se abdicarmos de uma componente espiritual”, consolida-se o “espírito e a vivência em grupo e o saber ceder”: “Os campos oferecem um grande espírito de serviço e consolidam a ajudar ao outro”.

LS

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Agência ECCLESIA

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