Igreja Católica opôs-se à convocação de Assembleia Constituinte
Cidade do Vaticano, 31 jul 2017 (Ecclesia) – A Santa Sé está a acompanhar a situação na Venezuela, após as eleições para a Assembleia Nacional Constituinte que decorreram este domingo, uma iniciativa do Governo contestadas pela Igreja Católica no país.
A Rádio Vaticano recorda as declarações do secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, que este sábado apelou a uma solução “pacífica e democrática” para a crise política e social.
“O caminho é sempre o mesmo: reunir-se, conversar – mas seriamente – para se encontrar um caminho de solução”, disse o secretário de Estado do Vaticano, antigo núncio apostólico em Caracas.
D. Pietro Parolin disse aos jornalistas que o Papa Francisco e a Secretaria de Estado se “empenharam muito” para procurar uma solução para a crise na Venezuela, mas sublinhou que este é um trabalho “muito delicado”.
A Rádio Vaticano fala ainda num regime “cada vez mais isolado”, no cenário internacional.
O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela anunciou hoje que mais de 8 milhões de pessoas (41,5% dos eleitores) votaram no domingo nas eleições para a Assembleia Constituinte, promovida pelo presidente Nicolas Maduro.
A Conferência Episcopal considerou esta iniciativa como “inconstitucional, desnecessária e prejudicial” para a população, considerando que a mesma só vai agravar os graves problemas “ da escassez de alimentos e medicamentos”, entre outros.
Pelo menos dez pessoas morreram, na sequência de confrontos, durante esta jornada eleitoral.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal apelou, em comunicado, ao “regresso à normalidade constitucional”, no quadro de “um calendário eleitoral mutuamente acordado entre as partes”.
OC