D. Antonio José Lopez Castillo condena «revolução bolivariana» do presidente venezuelano e acusa-o de importar o modelo cubano O Arcebispo de Barquisimeto (Venezuela), D. Antonio José Lopez Castillo, lançou duras críticas ao presidente Hugo Chávez, condenando a sua “revolução bolivariana” e acusando-o de importar o modelo cubano, de inspiração marxista. Numa forte entrevista à organização católica internacional Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), o prelado mostra-se indignado com o facto de o regime de Chávez ver na Igreja uma espécie de “cancro” na sociedade, assegurando que os católicos nunca aceitarão essa posição. D. Castillo, de 62 anos, diz que “as pessoas viram o que aconteceu em Cuba e não querem viver a mesma experiência, querem democracia e desenvolvimento genuíno”. Destacando a “grande tensão” entre o Estado e a Igreja, o Arcebispo lamenta que o governo veja nas religiões o «ópio do povo». “Isto é algo que não podemos aceitar: em cada esfera da vida (o governo) tenta insinuar que a Igreja não está ao lado do povo”, atira. Segundo este responsável, a oposição da Igreja tem forçado o regime a recuar, como aconteceu no caso da reforma constitucional (Chávez foi derrotado em referendo) ou da lei dos serviços secretos, que “estabelecia um sistema permanente de espionagem social”. Num país com quase 90% de católicos, “há uma grande confiança na Igreja, que não é pelo governo nem pela oposição, mas simplesmente defende a verdade e quer ver desenvolvimento genuína”. Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre