Francisco destacou hoje durante a missa na Casa de Santa Marta a «consolação» do Senhor que toca e transforma as pessoas
Cidade do Vaticano, 25 set 2017 (Ecclesia) – O Papa disse hoje que um dos aspetos fundamentais da vida cristã é saber reconhecer a presença de Deus na vida, que é efetiva tantos nos bons como nos maus momentos.
Na homilia da missa desta segunda-feira, na Casa de Santa Marta, Francisco salientou que quer nos “momentos mais fracos” quer “mais fortes”, Deus “faz sentir a sua presença” e que esse deve ser “um modo de vida de todo o cristão”.
Inspirado na passagem em que o povo de Israel é libertado do exílio, o Papa argentino desafiou as comunidades cristãs à “esperança” e à “tensão” pelo encontro com Deus.
Sim, porque um cristão deve viver “em tensão” pelo encontro com Deus.
“Quando o Senhor nos visita, dá-nos a alegria, isto é, leva-nos a um estado de consolação. Se um cristão não está em tensão para o tal encontro é um cristão fechado, como que meio no depósito da vida, sem saber o que fazer”, sustentou.
Mas na vida atual também é preciso “reconhecer” os “falsos profetas” que trazem uma falsa consolação, “uma alegria que não se pode comparar” com a de Deus.
“A consolação do Senhor toca-nos por dentro, move, faz aumentar em cada pessoa a caridade, a fé, a esperança e também nos leva a chorar pelos próprios pecados (…) Esta é a verdadeira consolação”, apontou o Papa, que incentivou as pessoas a saberem sempre “agradecer” com a “oração”, o amor de Deus “que passa” e visita, que permanece.
Que ajuda as pessoas a “irem em frente, para esperar, para carregar a cruz”.
“Voltámos a Jerusalém porque Deus nos libertou. Esperar a consolação, reconhecer a consolação e conservar a consolação. E quando esse momento forte passa o que permanece? A paz. E a paz é o último nível da consolação”, concluiu.
JCP