Os serviços de administração do Vaticano vão passar a gastar mais com o pessoal que está ao seu serviço, após ter aprovado novas disposições que incluem gratificações por mérito e o aumento das renumerações. O anúncio foi feito pela Santa Sé, após a reunião que decorreu esta manhã para os chefes de dicastérios e os responsáveis pelo Estado do Vaticano, sob a presidência do Cardeal Tarcisio Bertone. Os novos parâmetros de retribuição do pessoal, enquadrado em dez categorias, inclui os referidos aumentos e a introdução da “classe de mérito” dentro de cada categoria. “Com esta novidade, introduz-se no sistema retributivo do Vaticano um elemento de incentivo e de remuneração que leva em linha de conta factores como a dedicação ou o profissionalismo”, refere o comunicado de imprensa da Santa Sé. A nota oficial reconhece que estas mudanças trazem vantagens ao pessoal do Vaticano e representam “um agravamento para as administrações”. Nos dicastérios e organismos da Santa Sé trabalham 2704 pessoas, dos quais 1600 são leigos: duas secções da Secretária de Estado, nove Congregações, três Tribunais, 11 Conselhos Pontifícios, a Câmara Apostólica, a prefeitura da Casa Pontifícia, o Departamento para as Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice, a sala de imprensa da Santa Sé, o Departamento Central de Estatísticas da Igreja, 5 Comissões Pontifícias e 2 Comités Pontifícios, 3 Academias Pontifícias e as Instituições ligadas à Santa Sé – 118 Nunciaturas Apostólicas e nove sedes junto de organismos internacionais, o Arquivo Secreto, o Sínodo do Bispos, a Esmolaria Apostólica, a Libreria Editrice Vaticana, a Tipografia Vaticana, o Osservartore Romano, a Rádio Vaticano e o Centro Televisivo Vaticano. Todas estas normas entrarão em vigor a 1 de Janeiro de 2008, mas o “sistema de mérito” terá uma aplicação gradual. A partir do mesmo dia, entrarão também em vigor normas para a retribuição das horas extraordinárias.