Delegação leva como presente um fundo solidário para alunos desfavorecidos
Cidade do Vaticano, 26 out 2017 (Ecclesia) – O Papa Francisco vai receber hoje em audiência uma delegação da Universidade Católica Portuguesa (UCP), no Vaticano, por ocasião dos 50 anos da instituição académica.
A delegação nacional leva na bagagem, como presente, a criação de um fundo ‘Papa Francisco’ para ajudar alunos carenciados e refugiados.
“Vamos dedicar ao Papa um fundo que tem como objetivo financiar estudantes carenciados, na Universidade Católica, refugiados e migrantes”, disse Isabel Capeloa Gil, na última semana, em declarações recolhidas pela Agência ECCLESIA.
A responsável apresenta o fundo para estudantes carenciados como “o presente” da UCP ao Papa, que é acompanhado, simbolicamente, por uma cruz peitoral, obra da portuguesa Carolina Curado.
O encontro decorre no primeiro dia da peregrinação da UCP a Roma, por ocasião do seu cinquentenário
A audiência está prevista para as 12h00 de Roma (menos uma em Lisboa), seguindo-se, pelas 16h00, uma sessão comemorativa na Pontifícia Universidade Gregoriana, cujo reitor é o jesuíta português padre Nuno Gonçalves.
D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa e magno chanceler da UCP, sublinha a ligação da instituição à Santa Sé e aos Papas, recordando a visita de João Paulo II à sede da Universidade Portuguesa, em maio de 1982.
“Elem de alguma maneira, foi o seu criador, no sentido de bênção, de reforço, e agora com o Papa Francisco vamos por diante”, acrescentou.
A igreja de Santa Ana, no Vaticano, acolhe na sexta-feira a Missa de Ação de Graças pelos 50 anos da Universidade Católica Portuguesa; às 18h30 decorre um concerto de Órgão na igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma, seguido da receção oferecida pela UCP.
A reitora da UCP considera que o encontro com o Papa é “o momento alto” das celebrações deste aniversário, que vão durar um ano, tendo começado no momento em que se concluíram as comemorações do Centenário das Aparições de Fátima.
“Queremos que seja uma oportunidade de projetar o futuro, o Papa Francisco é um homem que nos interpela a cuidar do que temos e a deixá-lo para as gerações futuras”, assinala Isabel Capeloa Gil.
A responsável fala num compromisso com a “visão integral do mundo” proposta pelo pontífice, procurando que a Universidade seja “um espaço aberto, de diálogo”.
D. Manuel Clemente sublinha, por sua vez, a dimensão universal de qualquer universidade, que “ambiciona o conjunto dos saberes, de uma maneira articulada”
“No caso de ser católica, isso é reforçado pelo espírito ecuménico, que está dentro do próprio Catolicismo. E em Portugal, somos um cais onde toda a gente chega e donde toda a gente parte e volta”, prossegue.
A UCP é reconhecida pelo Estado como “instituição universitária livre, autónoma e de utilidade pública”.
A criação da Universidade Católica data de 1967 e o reconhecimento oficial de 1971.
OC