Vaticano: Tomada de posse de novo secretário de Estado adiada por motivos de saúde

D. Pietro Parolin foi submetido a uma «pequena intervenção», revelou o Papa

Cidade do Vaticano, 15 out 2013 (Ecclesia) – A tomada de posse do novo secretário de Estado do Vaticano, D. Pietro Parolin, foi adiada por “algumas semanas” devido a um problema de saúde do arcebispo italiano, revelou hoje o Papa.

“Reunimo-nos para agradecer ao cardeal Tarcisio Bertone, que hoje deixa o cargo de secretário de Estado, e para dar as nossas boas-vindas a D. (Pietro) Parolin, mas será um bem-vindo ‘in absentia’ [em ausência], porque ele tomará posse do seu novo cargo algumas semanas mais tarde em relação à data de hoje, por causa de uma pequena intervenção cirúrgica a que teve de submeter-se”, declarou Francisco.

A tomada de posse do arcebispo Parolin, nomeado a 31 de agosto, devia ter ocorrido hoje às 12h00 (hora de Roma, menos uma em Lisboa).

O Papa acabou assim por centrar o seu discurso no agradecimento a D. Tarcisio Bertone, que em 2006 foi escolhido por Bento XVI como secretário de Estado do Vaticano.

Francisco elogiou o “profundo amor à Igreja” do cardeal, a sua “grande generosidade” e a “típica mistura salesiana que une um sincero espírito de obediência e uma grande liberdade de iniciativa e criatividade pessoal”.

O cardeal Bertone deixa o cargo a um homem ligado à diplomacia da Santa Sé: D. Pietro Parolin era núncio apostólico (embaixador da Santa Sé) na Venezuela desde 2009, onde foi reconhecida a sua capacidade diplomática para dialogar com o governo de Caracas, junto dos presidentes Hugo Chávez e Nicolás Maduro.

Antes desta missão, o arcebispo italiano tinha passado sete anos no Vaticano como subsecretário para as relações com os Estados, uma espécie de vice-ministro dos Negócios Estrangeiros.

Nestas funções, assumiu os dossiês das negociações com o Vietname e Israel, para além dos contactos com a China, tendo sido ordenado bispo por Bento XVI em setembro de 2009.

O arcebispo italiano, de 58 anos, é o mais jovem a ocupar o cargo desde Eugenio Pacelli, o Papa Pio XII, que foi secretário de Estado entre 1930 e 1939.

O Papa destacou que o “novo secretário” conhece “muito bem a família da Secretaria de Estado” por ali ter trabalhado durante muitos anos “com paixão e competência, com aquela capacidade de diálogo e relacionamento humano que são caraterísticas suas”.

“Numa certo sentido, é como voltar a casa”, acrescentou, a respeito de D. Pietro Parolin.

Francisco deixou uma palavra de gratidão aos responsáveis da Secretaria de Estado pelo seu serviço diário, “muitas vezes de forma escondida e anónima”.

“Gostaria que tivesses a certeza da minha oração e da minha oração”, declarou.

OC

Notícia atualizada às 13h45

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