Alegado envolvimento de três novas pessoas no caso «vatileaks» é considerado falso e sem fundamento
Cidade do Vaticano, 23 jul 2012 (Ecclesia) – A Secretaria de Estado do Vaticano manifestou hoje a sua “firme e total reprovação” das notícias sobre o alegado envolvimento de três colaboradores de Bento XVI no caso de fuga de informação e de documentos do Papa.
O organismo emitiu um comunicado em resposta a artigos publicados na Alemanha e Itália relativas ao ‘Vatileaks’, caso que levou à divulgação pública de dados reservados, envolvendo três pessoas: Ingrid Stampa, governanta do Papa; o cardeal italiano D. Paolo Sardi, de 77 anos, antigo vice-camerlengo da Câmara Apostólica; e o bispo alemão D. Josef Clemens, de 65 anos, secretário do Conselho Pontifício para os Leigos desde 2003.
Segundo a Secretaria de Estado, estas notícias “insinuam graves suspeitas de cumplicidade por parte de pessoas próximas do Santo Padre” [não identificadas no comunicado].
Neste sentido, a nota oficial critica insinuações que “não estão fundadas em argumentos objetivos e são gravemente lesivas da honorabilidade das pessoas em causa, há muitos anos ano serviço fiel” do Papa.
O documento destaca, por outro lado, que o facto de ainda não terem sido publicados os resultados das investigações sobre este caso “não legitima de modo algum a difusão de interpretações e teorias não fundadas e falsas”.
“Não é esta a informação a que o público tem direito”, conclui a nota, divulgada pela sala de imprensa da Santa Sé.
Esta manhã, noutro comunicado, o porta-voz do Vaticano tinha referido que a acusação de “cumplicidade” das pessoas identificadas num artigo do jornal italiano ‘La Reppublica’ é de “extrema gravidade”.
“Considero gravíssimo lançar tais suspeitas sobre pessoas que merecem respeito, que desenvolveram com empenho muitos anos de serviço totalmente dedicado à pessoa do Santo Padre”, acrescentou.
Segundo o padre Federico Lombardi, a peça publicada esta segunda-feira pelo diário italiano limita-se a repetir “um artigo assinado por Paul Badde, publicado no Die Welt online há uma semana (15 de julho), sem acrescentar praticamente nada”.
OC