Comunicado oficial diz que suspeitas levantadas pela imprensa se revelaram «infundadas»
Cidade do Vaticano, 05 fev 2012 (Ecclesia) – Os responsáveis pelo Governatorato da Cidade do Vaticano rejeitaram este sábado as acusações de corrupção e má gestão do Estado, falando em suspeitas “infundadas”.
Em comunicado, o antigo e o atual presidente desta instituição, bem como o seu secretário e subsecretário reagiam com “amargura” à publicação, na comunicação social de duas cartas que dirigidas ao Papa pelo arcebispo Carlo Maria Viganò, secretário-geral do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano entre julho de 2009 e outubro de 2011, altura em que foi nomeado núncio [embaixador] nos Estados Unidos da América.
“Estas alegações são fruto de julgamentos errados ou baseados em receios sem fundamento”, pode ler-se na nota oficial, que juntou o cardeal Giovanni Lajolo, presidente emérito, e o arcebispo D. Giuseppe Bertello, atual responsável máximo pelo Governatorato, em críticas ao que chamam de “jornalismo pouco sério”.
A presidência do Governatorato exprime “plena confiança” nos membros do comité de finanças e gestão, bem como nas várias direções e colaboradores, qualificando como “infundadas” as suspeitas e acusações recentemente lançadas.
Segundo estes responsáveis, as afirmações contidas nas missivas “não podem deixar de dar a impressão”, que consideram errada, de que o Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, “ao invés de ser um instrumento de governabilidade responsável, é uma entidade não confiável, presa a forças obscuras”.
Após admitir “perdas relevantes” por causa da crise financeira internacional, o comunicado diz que a gestão do Vaticano passou a ter resultados positivos em 2010, em larga medida, “pelos excelentes resultados” dos seus Museus.
No sétimo e último ponto do documento, todo o Governatorato reafirma uma “firme vontade comum de continuar a empregar todas as forças ao serviço do Sumo Pontífice, com total fidelidade e integridade”.
OC