Vaticano relembra que a Shoah foi uma «tragédia atroz»

O Vaticano criticou hoje as teorias revisionistas em relação ao Holocausto, na II Guerra Mundial, e assinalou em comunicado que a Shoah foi uma “tragédia atroz”. A nota oficial foi divulgada esta manhã, dando conta da posição assumida pela Santa Sé a respeito da Conferência que decorre em Teerão, capital do Irão, para colocar em discussão os horrores do Holocausto. “A Shoah foi uma tragédia atroz diante da qual não se pode ficar indiferente”, assinala o comunicado. A Igreja, pode ler-se, “olha com profundo respeito e compaixão para a experiência do povo judaico durante a II Guerra Mundial”. Lembrar estes “factos terríveis”, prossegue o documento, deve ser um dever “para todas as consciências, a fim de eliminar os conflitos, respeitar os legítimos direitos de todos os povos, exortar para a paz, na verdade e na justiça”. A Santa Sé considera que, no século passado, houve “tentativas de exterminar o povo judaico, de todas as idades e categorias sociais, pelo simples facto de pertencerem a tal povo”. A Comissão para as Relações Religiosas com o Judaísmo do Vaticano publicou, em Março de 1998, o documento “Nós recordamos”, em que se apresenta uma reflexão sobre a Shoah. O próprio João Paulo II reafirmou o pensamento da Igreja a este respeito em Março de 2000, numa visita ao memorial do Yad Vashem de Jerusalém, o mesmo acontecendo com Bento XVI em Março do corrente ano, na sua peregrinação a Auschwitz.

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Agência ECCLESIA

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