A sala de imprensa da Santa Sé reenviou esta manhã aos jornalistas um comunicado do passado dia 21 de Dezembro, em que se reiterava a confiança de Bento XVI no novo Arcebispo de Varsóvia (Polónia), D. Stanisław Wielgus. O prelado, nomeado há um mês, foi acusado por meios de comunicação do seu país de colaboração com a antiga polícia política comunista, a SB. “A Santa Sé, ao decidir a nomeação do novo Arcebispo Metropolita de Varsóvia, tomou em cosnideração todas as circunstâncias da sua vida, entre as quais aquelas que dizem respeito ao seu passado. Isto significa que o Santo Padre nutre, em relação a D. Stanisław Wielgus sentimentos de plena confiança e, em plena consciência, lhe confiou a missão de Pastor da Arquidiocese de Varsóvia”, referia o comunicado oficial, divulgado há 15 dias. Um outro comunicado, da Conferência Episcopal Polaca, assinalava que “o simples facto de se ter verificado uma conversa com representantes dos serviços de segurança comunistas não pode, em si mesmo, atestar uma colaboração imoral”, podendo ter tido um carácter oficial ou ter sido convocado por razões “pastorais ou de estudo”, com consentimento do Bispo. Uma comissão de inquérito da Igreja polaca reconheceu hoje que o futuro Arcebispo de Varsóvia, colaborou com a polícia secreta comunista. D. Wielgus rejeitou estas acusações, numa declaração de três páginas publicada pela agência católica polaca KAI. “Não realizei qualquer missão secreta, não fiz nada de mal, nem em actos, nem em palavras”, refere, citado pela agência noticiosa polaca PAP. “Fui acusado de más intenções e de mau comportamento em relação à Igreja, é falso”, declarou ainda. Há poucos minutos, o Arcebispo Wielgus tomou posse canónica da Diocese e a cerimónia de entrada oficial na Catedral de São João Baptista, em Varsóvia, tem lugar no próximo Domingo. (Com Rádio Vaticano)