Vaticano reforça intenção de renovar diálogo com o mundo da arte

Pavilhão na Bienal de Veneza, em 2011, quer ser um marco nas novas relações

O Vaticano apresentou esta Quinta-feira a celebração dos 20 anos da Comissão Pontifícia para os Bens Culturais da Igreja (CPBCI), reafirmando a sua intenção de renovar diálogo com o mundo da arte.

Em conferência de imprensa, o secretário da CPBCI, Francesco Buranelli, destacou a anunciada participação da Santa Sé na LIV Bienal de Arte Contemporânea de Veneza, em 2011, com um pavilhão promovido por esta Comissão.

Segundo este responsável, trata-se de um novo passo “no complexo e nem sempre fácil percurso que permitirá desenvolver um tecido de imagens e símbolos, através de trocas de reflexões e de confrontos entre artistas e teólogos”.

O objectivo, disse Buranelli, é “permitir que a nossa sociedade volte a ter consciência das suas próprias raízes culturais e readquira a capacidade de ver o invisível”.

O secretário do CPBCI admitiu que o anúncio da presença na Bienal de Veneza gerou “as opiniões mais diversas, a favor ou contra iniciativa”, mas sublinhou que, de forma geral, a notícia favoravelmente.

“Pareceu, de facto, existir um sentimento comum de que chegou o momento para que a Igreja assuma de novo, com coragem, o papel de inspiração e encomenda que durante séculos caracterizou a obra evangelizadora”, precisou.

A Igreja, acrescentou o secretário da CPBCI, deve “cimentar-se de novo no diálogo com a arte e sobre a arte, que durante séculos a colocou no centro do debate cultural”.

Já o presidente da Comissão, o Arcebispo Gianfranco Ravasi, quis precisar que o facto de acumular esta presidência com a do Conselho Pontifício da Cultura – até 2007 houve presidentes diferentes – visou unificar esforços em torno de temas “estritamente culturais”, que no caso da CPBCI tratam do património cultural e artístico da Igreja.

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