Vaticano: Prisão domiciliária de bispo chinês gera críticas

Cidade do Vaticano, 12 jul 2012 (Ecclesia) – O porta-voz do Vaticano manifestou hoje o seu desagrado pela prisão domiciliária do bispo chinês D. Thaddeus Ma Daqin, auxiliar da Diocese de Shangai.

O padre Federico Lombardi lamentou que o prelado, ordenado com autorização do Papa e das autoridades de Pequim, se veja agora envolvido numa situação tida como “anómala” e “não positiva”.

Esta terça-feira, a Santa Sé emitiu uma declaração na qual considerava como “motivo de apreço e alento” a “ordenação episcopal legítima” de D. Ma Daqin, no sábado.

O novo bispo está em prisão domiciliária no seminário de Seshan, após ter apresentado a sua demissão da Associação Patriótica Católica (APC), subordinada ao governo chinês.

A APC foi criada em 1957 para evitar interferências estrangeiras, em especial da Santa Sé, e para assegurar que os católicos viviam em conformidade com as políticas do Estado – o que inclui o controlo de Pequim sobre a nomeação de bispos, pretensão não reconhecida pelo Vaticano.

Na mesma nota oficial, a Santa Sé anunciou que o padre Yue Fusheng incorreu numa pena de excomunhão automática (latae sentetiae) após ter sido ordenado bispo, na sexta-feira, sem autorização do Papa.

“O reverendo Joseph Yue Fusheng, ordenado sem mandato pontifício e, portanto, ilicitamente, incorreu automaticamente nas sanções previstas pelo cânone 1382 do Código de Direito Canónico”, refere um comunicado divulgado pela sala de imprensa do Vaticano.

O Vaticano pede também que as autoridades da China evitem “ações contrárias” ao diálogo bilateral e cessem as “celebrações ilegítimas e ordenações episcopais sem mandato pontifício”.

RV/OC

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Agência ECCLESIA

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