Vaticano preocupado com a situação dos pescadores no sudeste asiático

O Vaticano está particularmente preocupado com a situação dos pescadores no sudeste asiático e já convocou uma reunião do Apostolado do Mar – integrado no Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes (CPPMI) – para organizar a assistência a um dos sectores mais afectados pela catástrofe de 26 de Dezembro. “Os pescadores estão entre as pessoas mais atingidas pelo maremoto devastador, porque perderam tudo: as suas casas, os barcos e todo o equipamento utilizada na sua faina”, assinala o secretário do CPPMI, D. Agostino Marchetto, em declarações à agência missionária Misna. O prelado assegura que o Dicastério tem acompanhado o desenrolar da situação através de contacto telefónicos com os Bispo, missionários e voluntários que estão nas zonas destruídas, em especial na Índia e no Sri Lanka. “Uma vez superada a emergência, será necessário pensar na reconstrução a longo prazo, para a qual será necessário fazer um ponto da situação em todos os países”, apontou D. Marchetto. A última actualização do número de vítimas causadas pelo maremoto aponta para mais de 234 mil mortes. Só na ilha de Sumatra mais de 173 mil pessoas morreram, mas em Aceh os voluntários e soldados ainda estão a retirar dos escombros cerca de mil cadáveres por dia. Os ministros da Agricultura e Pescas da União Europeia analisam hoje, em Bruxelas, medidas para ajudar os pescadores do Sudeste asiático afectados pelo maremoto. Depois do turismo, a pesca e a aquacultura foram os sectores mais afectados, pelo que o objectivo é encontrar formas de apoio à reconstrução do sector, que poderão passar pela transferência de barcos comunitários para a região. Segundo a presidência luxemburguesa da União Europeia, cerca de 80 por cento das embarcações das zonas atingidas no Sri Lanka foram destruídas, assim como 70 por cento das indonésias, a par da eliminação de populações inteiras que se dedicavam à actividade.

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