Cidade do Vaticano, 22 jul 2012 (Ecclesia) – O porta-voz do Vaticano revelou este sábado que o ex-mordomo de Bento XVI, acusado de “furto agravado” de documentos pertencentes ao Papa, vai ficar em liberdade condicional, com prisão domiciliária.
Paolo Gabriele, detido a 23 de maio, estava detido de forma preventiva desde então, após ter sido acusado de um crime que pode valer até 8 anos de cadeia, na sequência do caso de fugas de informação no Vaticano, conhecidas por ‘Vatileaks’, que deram origem à divulgação pública de dados reservados.
O padre Federico Lombardi disse aos jornalistas que “o senhor Gabriele vai residir na sua casa, com a sua família, no Vaticano, observando quanto foi disposto pelo juiz relativamente aos contactos e relações com outras pessoas”.
Ainda neste contexto, o porta-voz do Vaticano revelou que a comissão cardinalícia, presidida por D. Julian Herranz, que Bento XVI encarregou de investigar o caso Vatileaks, “concluiu o seu trabalho e fez um relatório, que está nas mãos do Santo Padre”.
Tendo em conta a existência de duas investigações, o padre Lombardi referiu que vai competir ao Papa analisar as conclusões e “refletir sobre como prosseguir”.
Os advogados de Paolo Gabriele sublinharam à imprensa a plena colaboração do seu cliente com a justiça e que este se diz movido pelo “desejo de fazer algo que fosse um ato de ajuda, um ato de amor” em relação ao Papa.
O ex-mordomo quer ainda pedir desculpa a Bento XVI e exclui o envolvimento de outras pessoas ou de pagamentos neste caso.
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