Vaticano: Porta-voz revela que ex-mordomo do Papa continua a ser única pessoa sob investigação judicial

Padre Lombardi nega que tenham sido revelados nomes de «mandantes e cúmplices»

Cidade do Vaticano, 19 jun 2012 (Ecclesia) – O porta-voz do Vaticano adiantou esta segunda-feira que o ex-mordomo de Bento XVI, acusado de “furto agravado” de documentos pertencentes ao Papa, continua a ser a única pessoa sob investigação judicial neste caso.

Paolo Gabriele, detido a 23 de maio, é acusado de um crime que pode valer até 8 anos de cadeia.

O padre Federico Lombardi disse aos jornalistas que, até ao momento, foram interrogadas 23 pessoas no âmbito da comissão cardinalícia criada pelo Papa, mas negou que nesse âmbito tivessem surgido os nomes dos “mandantes e cúmplices” no caso de fugas de informação no Vaticano, conhecidas por ‘Vatileaks’, que deram origem à divulgação pública de dados reservados.

A referida comissão reuniu-se este sábado com Bento XVI, num encontro que o porta-voz do Vaticano disse não ser “conclusivo”, porque as investigações continuam.

Os trabalhos do grupo de cardeais, que decorrem à margem do processo judicial, têm passado pela auscultação de responsáveis e empregados da Santa Sé, clérigos e leigos, bem como pessoas que estão fora da estrutura do Vaticano.

Nas várias audições foi também ouvido o antigo mordomo do Papa, que continua em prisão preventiva.

O padre Lombardi comentou ainda a análise feita às finanças da Santa Sé por um grupo de peritos do ‘Moneyval’, organismo especializado do Conselho da Europa para a luta contra a lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.

Este responsável declarou que foi o próprio organismo a pedir que não se publique o relatório efetuado antes da apreciação pela sua assembleia.

RV/OC

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