Francisco recordou ataques no dia de Páscoa em cidade do Paquistão
Cidade do Vaticano, 12 abr 2016 (Ecclesia) – O Papa denunciou hoje no Vaticano as perseguições contra cristãos, o “pão de cada dia” na Igreja, tanto por causa de ataques sangrentos como de políticas que restringem a liberdade religiosa.
“São homens e mulheres de todos os dias: hoje, no dia de Páscoa, apenas três semanas atrás… aqueles cristãos que festejavam a Páscoa no Paquistão foram martirizados justamente porque festejavam Cristo Ressuscitado. E assim a história da Igreja avança, com os seus mártires”, declarou, na homilia da Missa a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta.
Francisco recordou os cristãos dos primeiros séculos que eram atirados aos leões no Coliseu de Roma, sublinhando que esse martírio continuou na história.
“A perseguição, diria, é o pão de cada dia na Igreja. Jesus disse-o”, observou.
Além dos cristãos que são mortos por causa da sua fé, o Papa evocou os que são perseguidos “educadamente” porque querem manifestar o valor de ser “filhos de Deus”.
Estas perseguições de “luva branca”, disfarçadas “de cultura”, confinam os crentes num canto da sociedade ou fazem-nos perder o trabalho por não aceitarem leis que “vão contra Deus Criador”.
“É quando o homem não é perseguido por confessar o nome de Cristo, mas porque quer ter e manifestar os valores do Filho de Deus. É uma perseguição contra Deus Criador na pessoa de seus filhos”, precisou o pontífice argentino.
Francisco sustenta que se trata de uma “perseguição que tira a liberdade, inclusive de objetar com a consciência”.
O Papa contestou as “potências” que querem impor “comportamentos e leis contra a dignidade”, numa “grande apostasia”.
OC