Vaticano pede rigor às organização humanitárias na gestão dos donativos

O Vaticano espera que as agências e as organizações internacionais sejam mais claras quanto à utilização dos fundos destinados a acções humanitárias. A posição foi assumida esta manhã pelo Cardeal Paul Joseph Cordes, presidente do Conselho Pontifício “Cor Unum”, braço operativo do Papa para a caridade. Apresentando, em conferência de imprensa, a mensagem de Bento XVI para a Quaresma 2008, o Cardeal Cordes questionou o facto de, em muitos casos, 50% do dinheiro recebido pelas referidas organizações ser gasto em “custos internos”. No caso do “Cor Unum”, assegurou, os custos administrativos com as fundações que lhe estão confiadas não chega a 3%. “97% do montante das ofertas é destinado à caridade”, indicou. Segundo este responsável, “de forma geral, o consumo interno das agências de assistência da Igreja pode ser considerado exemplar”, elencando os casos da Cáritas italiana (9%), A Ordem de Malta (7%) e a Ajuda à Igreja que Sofre (6%). “Há uma diferença entre a Cáritas e a Cruz Vermelha, mesmo na maneira como são distribuídas as ajudas”, assinalou D. Cordes, elogiando a “transparência” das organizações católicas. “Seria útil se, por ocasião de apelos mediáticos, lançados após calamidades como o Tusnami, fosse indicado – para além do número da conta – a percentagem que as agências destinam à manutenção da própria instituição”, atirou.

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Agência ECCLESIA

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