Vaticano pede mais apoios para a luta contra a SIDA

O Vaticano espera que a comunidade internacional possa disponibilizar mais meios para que os países pobres consigam aumentar os esforços na luta contra a SIDA. O apelo foi deixado na 61ª sessão da Assembleia Geral da ONU. D. Celestino Migliore, Núncio Apostólico nas Nações Unidas, sublinhou o “grande número de progresssos” já atingidos no campo da prevenção e tratamento da doença, há muitos países que “parecem privados de ajuda para parar a difusão” do vírus. Nesse sentido, o representante vaticano na ONU pediu que sejam desenvolvidas iniciativas de apoio na linha do que já foi feito “no âmbito da dívida externa com os países pobres mais endividados”. “A concentração dos nossos recursos financeiros, logísticos e humanos poderia colocar um ponto final a este flagelo e consolidar a esperança que a humanidade possa debelar a pandemia difundida por todo o mundo”, refere o Arcebispo Migliore, numa intervenção hoje publicada pela sala de imprensa da Santa Sé. Este responsável falou ainda das questões ligadas à ajuda humanitária, pedindo que as Nações Unidas continuem a desempenhar “um papel chave” para equilibrar “a autonomia dos actores da sociedade civil” e “a necessidade de assegurar uma ajuda efectiva aos que estão em situação mais vulnerável”. Sobre uma eventual reforma da ONU, que deve responder a “necessidades globais”, o observador permanente da Santa Sé espera que traga, efectivamente, “progressos no campo da ajuda ao desenvolvimento e ao comércio”, referindo que a ausência de novos desenvolvimentos “ameaça a segurança e o bem-estar de cada um”. Progresso económico, alívio da pobreza, redução do terrorismo e aumento da harmonia social foram alguns dos objectivos essenciais apontados. O Arcebispo Migliore manifestou ainda a sua preocupação com a “estagnação das negociações multilaterais sobre o desarmamento e a não proliferação” nuclear.

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