Vaticano pede ao governo iraquiano que proteja os cristãos

Conselho de Segurança da ONU lamenta sequência de atentados

O Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, pediu às autoridades iraquianas que tomem em “séria consideração” o problema da defesa dos cristãos, após uma nova série de ataques contra esta comunidade.

Seis cristãos morreram esta Quarta-feira, agravando o clima de medo que se vive após o violento ataque do último dia 31 de Outubro, que provocou mais de 50 mortos na catedral siro-católica de Bagdad.

Falando aos jornalistas, na Itália, o cardeal Bertone disse que a protecção dos cristãos no Iraque é “um problema que já discutimos com as autoridades iraquianos e esperamos que seja levado em séria consideração”.

O conselho de segurança da ONU manifestou-se “consternado” com os atentados desta Quarta-feira, sublinhando que os cristãos do Iraque estão na “primeira linha” no processo democrático no país.

“Há uma vontade deliberada de destruir a comunidade cristã do Iraque”, por parte dos “fundamentalistas”, sublinhou o embaixador da França nas Nações Unidas, Gérard Araud.

O Secretário de Estado do Vaticano lembrou, por seu lado, que o tema esteve em debate no recente Sínodo para o Médio Oriente, no qual se aludiu ao “sofrimento inenarrável da comunidade cristã”, sobretudo no Iraque, mas também no Paquistão.

Uma série de bombas artesanais explodiram hoje, 10 de Novembro, diante de casas de fiéis cristãos e os terroristas atingiram ainda uma igreja, que não ficou danificada.

O patriarca dos caldeus, Cardeal Emmanuel Delly III, figura mais importante da Igreja Católica no Iraque, assegura que os fundamentalistas “estão a caçar os cristãos em todos os quarteirões de Bagdad”.

Também o arcebispo siro-católico da capital iraquiana, D. Atanase Matti Shaba Matoka, lamenta a situação e diz que “o terror” bate à porta dos cristãos, que “sofrem cada vez mais e querem sair do país”.

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Agência ECCLESIA

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