Vaticano pede ajuda para as Igrejas do Oriente

Encontro da ROACO (Obras para a Ajuda às Igrejas Orientais) que decorreu em Roma O Vaticano lançou um pedido de ajuda para muitas das Igrejas do Oriente, onde os católicos carecem dos meios necessários para garantir a sua subsistência. Vivendo em contextos marcados por constantes convulsões políticas e sociais, os católicos são cada vez em menor número nesta região, com destaque para países como no o Líbano e o Egipto, mas, sobretudo, na Terra Santa. A última reunião das Obras para a Ajuda às Igrejas Orientais (ROACO) celebrada no Vaticano deixou apelos em favor destas populações. “Durante o ano passado, a guerra no Líbano provocou grandes danos às igrejas e a outros edifícios que pertencem a várias Igrejas do país, sobretudo no sul”, explicou à Rádio Vaticano o secretário-geral da ROACO, D. Leon Lemmens. A imigração é um fenómeno em crescimento no Líbano e na Terra Santa, assinalou, por sua vez, o Arcebispo Antonio Maria Vegliò, secretário da Congregação do Vaticano para as Igrejas Orientais, da qual depende a ROACO. “Os católicos, os cristãos, não vêem muito futuro para as suas vidas nesses países, pelo que se tem produzido uma hemorragia interna, a qual provoca que a presença cristã diminua cada vez mais”, lamentou este responsável. Na Terra Santa, a situação das famílias cristãs tem vindo a agravar-se desde o início de segunda “Intifada” no ano 2000 e complicou-se ainda mais quando as autoridades israelitas decidiram construir um enorme muro para separar os territórios palestinianos de Israel. Para muitos cristãos, este muro irá dar o golpe final no comércio de artigos religiosos e artesanato (que constitui a principal fonte de emprego e de receitas para a maioria destas famílias), afastando os turistas e os peregrinos. Outra das preocupações deixadas pela assembleia da ROACO foi a situação da Igreja Greco-católica na Roménia, suprimida oficialmente pelo regime comunista e que só há 15 anos saiu de uma difícil existência clandestina. “Partindo de uma grande pobreza, foi preciso reconstruir toda a vida eclesial”, assinala D. Leon Lemmens. Em 1948, ano da supressão comunista, as igrejas católicas de rito grego no país eram 2030; actualmente, depois dos trabalhos de recuperação e construção, limitam-se às 405. As principais necessidades na Roménia estão relacionadas com as estruturas, os edifícios pastorais e o sustento de todos que trabalham na Pastoral, sendo ainda preciso, segundo a Rádio Vaticano, levar por diante a construção de 124 igrejas. O responsável pelo Departamento do Médio Oriente da Ajuda à Igreja que Sofre marca presença nos encontros do ROACO (Riunione Opere Aiuto Chiesa Orientali). Este organismo reúne várias organizações que apoiam as Igrejas de rito oriental, concedendo bolsas de estudo, financiando a construção de locais de culto, projectos de educação e de assistência social e sanitária. Departamento de Informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre

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