Cidade do Vaticano, 20 jan 2016 (Ecclesia) – O Papa Francisco abordou hoje questões “prioritárias” com os bispos do Sudão e do Sudão do Sul, numa audiência onde conversaram essencialmente sobre “paz, vocações”, a falta de bispos e a sustentabilidade do clero.
“A questão da paz é a prioridade para os dois países, sobretudo para o Sudão do Sul porque estamos em guerra e sem paz a religião terá dificuldades”, revelou o arcebispo de Juba.
O prelado do Sudão do Sul destacou também como prioritário a situação das “dioceses vacantes” e a criação de outras porque têm “muita necessidade disso”, para além do “sustento do clero local”.
“Temos muitos problemas, não podemos manter o nosso clero”, revelou D. Paulino Lukudu.
O arcebispo disse que o Papa Francisco “acolheu” os pontos apresentados, como “a paz, as vocações” e “deu sugestões e uma bênção sobre essas questões”.
O encontro aconteceu antes da audiência geral desta quarta-feira, e D. Paulino Lukudu adianta que renovaram o convite para o Papa Francisco visitar o Sudão do Sul.
“Estou pronto. Eu gostaria mas vamos deixar tudo nas mãos do Senhor”, foi a resposta o pontífice argentino, segundo D. Paulino Lukudu.
A Rádio Vaticano contextualiza que os prelados destes dois países de África e um estão num encontro promovido pela Congregação para a Evangelização dos Povos, em Roma, e já participaram num retiro.
O arcebispo de Juba explicou que desde esta segunda-feira, estão num processo de análise sobre a “situação geral” da Conferência Episcopal do Sudão do Sul e Sudão para decidirem se continuam “juntos ou separados”.
Um trabalho realizado com o prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, o cardeal Fernando Filoni, afinal “são várias as perguntas” dos bispos africanos sobre como realizam este processo.
“É o momento de estudar a nossa situação e encontrar caminhos para percorrer, começando pela situação da Conferência Episcopal até a questão das dioceses vacantes”, reforçou D. Paulino Lukudu.
O retiro dos bispos do Sudão do Sul e do Sudão realizou-se entre 12 e 17 de janeiro, com momentos de “oração pessoal, oração comum e meditações”.
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