Ministro português dos Negócios Estrangeiros elogia «simplicidade» do sucessor de Bento XVI
Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano
Roma, 18 mar 2013 (Ecclesia) – O ministro português dos Negócios Estrangeiros confessou-se hoje “emocionado” com a eleição do Papa Francisco e elogiou a opção do líder da Igreja Católica pelos mais pobres.
“Eu senti uma grande emoção quando o novo Papa foi efeito: um Papa que decide chamar-se Francisco é todo um programa; um Papa que vem do hemisfério sul é todo um desafio; um Papa que é jesuíta é toda uma referência”, disse Paulo Portas, em declarações aos jornalistas portugueses em Roma.
O membro do Governo disse que o “sorriso” de Francisco é “inspirador de uma enorme bondade”, algo de que “o mundo precisa”.
“A simplicidade deste Papa é algo que vai marcar profundamente, de modo que fiquei e estou muito emocionado”, acrescentou.
O ministro dos Negócios Estrangeiros frisou ainda que “a opção preferencial pelos mais pobres” faz parte da “essência” da doutrina católica.
Portas integra a delegação nacional para a celebração de inauguração do pontificado, marcada para terça-feira no Vaticano, numa comitiva liderada pelo presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
Jorge Mario Bergoglio, argentino e jesuíta, de 76 anos, foi eleito na quarta-feira como sucessor de Bento XVI, após um Conclave de dois dias com cinco votações secretas, e escolheu o nome de Francisco pela primeira vez na história dos papados.
O presidente Cavaco Silva manifestou hoje a sua intenção de convidar o novo Papa a visitar em Portugal, tendo em vista o centenário das aparições de Fátima, em 2017, à imagem do que já tinham afirmando os responsáveis da Igreja Católica.
Para Paulo Portas, uma eventual visita papal a Portugal seria “uma grande alegria”.
Os dois responsáveis estiveram reunidos com membros da comunidade emigrante na igreja de Santo António dos Portugueses, na capital italiana.
OC