Leão XIV encontrou-se com participantes do capítulo geral da Ordem de que foi responsável mundial



Cidade do Vaticano, 15 set 2025 (Ecclesia) – O Papa deslocou-se hoje à sede da Ordem de Santo Agostinho, de que foi responsável mundial, para um encontro com os participantes do 188.º Capítulo Geral dos Agostinianos.
Leão XIV começou por dizer que se sentia “feliz” e em “casa”, junto dos cerca de 100 religiosos, reunidos a poucos metros da atual residência do pontífice, o palácio do antigo Santo Ofício.
“Não nos esqueçamos da nossa vocação missionária. Desde a primeira missão em 1533, os Agostinianos anunciaram o Evangelho em muitas partes do mundo com paixão e generosidade, cuidando das comunidades cristãs locais, dedicando-se à educação e ao ensino, gastando-se pelos pobres e realizando obras sociais e caritativas. Este espírito missionário não deve extinguir-se, porque ainda hoje é muito necessário”, disse aos participantes.
O Papa saudou o novo prior geral, o norte-americano Joseph Farrell, eleito a 9 de setembro para suceder ao padre Alejandro Moral Antón, que concluiu o seu segundo mandato.
A intervenção apresentou o capítulo geral como uma “ocasião preciosa” para “rezar juntos e refleti sobre o dom recebido, sobre a atualidade do carisma e também sobre os desafios e as questões que interpelam a comunidade”.
Leão XIV dedicou uma parte do seu discurso ao valor da “interioridade”, como regresso a si próprio, “para depois sair ainda mais motivado e entusiasta na missão”.
“Redescobrimos a relação com o Senhor e com os irmãos da nossa família religiosa, porque desta comunhão de amor podemos tirar inspiração e enfrentar melhor as questões da vida comunitária e os desafios apostólicos”, indicou.
O Papa pediu atenção particular às “vocações e à formação inicial”.
“A nossa primeira preocupação deve ser ajudar, especialmente os jovens, a vislumbrar a beleza do chamamento e a amar aquilo que, abraçando a vocação, poderão tornar-se. A vocação e a formação não são realidades pré-estabelecidas: são uma aventura espiritual que envolve toda a história de uma pessoa e é, antes de mais nada, uma aventura de amor com Deus”, sustentou.
Leão XIV deixou votos de que os trabalhos prossigam “na alegria fraterna e com o coração disposto a acolher as sugestões do Espírito”.
OC