Vaticano: Papa sublinha virtude da humildade, «fonte da paz no mundo e na Igreja»

«É preciso rezar pela paz neste tempo de guerra mundial» – Francisco

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 22 mai 2024 (Ecclesia) – O Papa afirmou hoje, no Vaticano, que a humildade é “fonte da paz” para a sociedade e nas comunidades católicas, alertando para “ilusões de omnipotência” do ser humano.

“A humildade é tudo. É o que nos salva do maligno e do perigo de nos tornarmos seus cúmplices. A humildade é a fonte da paz no mundo e na Igreja. Onde não há humildade, há guerra, há discórdia, há divisão”, declarou, perante milhares de pessoas reunidas para a audiência pública semanal, na Praça de São Pedro.

O encontro encerrou um ciclo de reflexões de Francisco, com uma catequese dedicada à humildade, “base da vida cristã” e “porta de entrada para todas as virtudes”.

“No coração humano muitas vezes surgem ilusões de omnipotência, que são tão perigosas”, advertiu.

O Papa diz que para evitar a “soberba”, bastaria “contemplar um céu estrelado”.

“A ciência moderna permite-nos alargar muito, muito mais o horizonte, e sentir ainda mais o mistério que nos rodeia e vive dentro de nós”, apontou.

Bem-aventuradas as pessoas que guardam no coração esta perceção da própria pequenez: são preservadas de um vício feio, a arrogância”.

A segunda parte da catequese apresentou a Virgem Maria como exemplo de humildade, assumindo sempre o cuidado de “não subir ao palco”.

“Podemos imaginar que também Maria tenha vivido momentos difíceis, dias em que a sua fé avançava nas trevas. Mas isso nunca fez vacilar a sua humildade, que era como uma virtude granítica”, acrescentou Francisco.

Após a reflexão, o Papa saudou os peregrinos presentes, incluindo os de língua portuguesa.

“Como fez no dia de Pentecostes, Maria continua hoje a reunir cada um dos seus filhos na casa da Igreja. Com a nossa Mãe, perseveremos na oração”, pediu.

Dirigindo-se aos peregrinos polacos, Francisco recordou as crianças que, nestas semanas, fazem a sua Primeira Comunhão, “importante encontro com Jesus”.

“Encorajo-as a que, neste momento de alegria, sejam capazes de ver também as necessidades das crianças que sofrem, vítimas da guerra, da fome e da pobreza”, declarou.

O Papa vai presidir, entre sábado e domingo, à I Jornada Mundial das Crianças, com delegações de cerca de 100 países, incluindo Portugal.

OC

No final da audiência, Francisco convidou todos a rezar pela paz, num “mundo em guerra”.

O Papa evocou a “martirizada Ucrânia, que está a sofrer tanto”, a Palestina e Israel, para que “acabe esta guerra”, o Myanmar e “tantos países em guerra”.

“Irmãos e irmãs, é preciso rezar pela paz neste tempo de guerra mundial”, apelou.

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