Grupo açoriano levou livro com orações por Francisco à audiência pública semanal
Cidade do Vaticano, 03 dez 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco saudou hoje os membros das Romarias Quaresmais de São Miguel, no Arquipélago dos Açores, que participaram na audiência pública semanal, na Praça de São Pedro, Vaticano.
“Queridos amigos, obrigado pela vossa presença e sobretudo pelas vossas orações! Peçamos ao Espírito Santo, artífice da unidade da Igreja, que aplane a estrada para a plena comunhão de todos os cristãos no Senhor Jesus. Que Deus vos abençoe a vós e a vossos entes queridos”, declarou.
O portal da Diocese de Angra revelou que dois dirigentes do Grupo Coordenador do Movimento de Romeiros de São Miguel (MRSM) se deslocaram ao Vaticano para entregar um “ramalhete espiritual” ao Papa, bem como um terço.
O “ramalhete espiritual” contém o número de orações feitas por Francisco pelos 2452 romeiros que saíram na última Quaresma, a quem o bispo de Angra pediu especificamente para rezarem pelo Papa.
Os dois representantes do MRSM, João Carlos Leite e Ildeberto Piques, mostraram-se “honrados por esta oportunidade”.
“Todos os dias da Quaresma, a todas as horas do dia, havia pelo menos um grupo de romeiros que rezou “ pelo Papa Francisco, assinala o movimento, lembrando que “é difícil dizer de uma forma precisa quantas Avé-Marias e súplicas à Virgem foram rezadas ou quantos terços foram cantados, quer durante a caminhada quer durante a Eucaristia diária”.
No “ramalhete espiritual”, os romeiros fazem uma descrição das romarias, integram-nas no contexto social, cultural e religioso da ilha de São Miguel e explicam este carisma penitencial da Quaresma, o tempo que antecede a Páscoa no calendário litúrgico da Igreja Católica.
O padre Nuno Maiato, assistente espiritual do Movimento, diz que foi com uma “enorme alegria” que recebeu esta notícia que “deverá ser vista como uma alavanca para que os romeiros tenham consciência do que de mais importante acontece”.
Para o bispo de Angra, que cada ano, entrega aos romeiros um esquema de oração universal pelas grandes intenções da Igreja, nunca faltando uma oração especial pelas intenções do pontífice, esta peregrinação a Roma “é uma expressão significativa de comunhão eclesial com o bispo de Roma, que preside na caridade a todas as Igrejas espalhadas pelo mundo”.
Numa nota, D. António de Sousa Braga sublinha que “quando deixou de ser possível peregrinar à Terra Santa, os cristãos começaram a peregrinar a Roma, cabeça da cristandade”.
“A ida dos nossos Romeiros a Roma é, pois, um regresso às origens”, assinala o prelado açoriano.
As Romarias quaresmais deste ano trouxeram às estradas de São Miguel mais de 2452 homens provenientes de toda a ilha e também da diáspora, num total de 56 ranchos.
Durante o ano pastoral 2014/2015, os romeiros têm um programa de “formação e aprofundamento espiritual”.
IA/OC