Francisco deixou mensagem às crianças e adolescentes da Infância Missionária
Cidade do Vaticano, 06 jan 2022 (Ecclesia) – O Papa saudou hoje as Obras Missionárias Pontifícias, em ano de aniversários, destacando em particular o empenho das novas gerações.
Falando no Vaticano, após a recitação do ângelus na solenidade da Epifania, Francisco assinalou o Dia Mundial da Infância Missionária, associando-se à “festa das crianças e adolescentes, tantos, em vários países do mundo, que se empenham na oração e oferecem o seu apoio para o que o Evangelho seja anunciado a quem não o conhece”.
“Quero dizer-lhes: obrigado!”, referiu, desde a janela do apartamento pontifício.
“A missão começa com o testemunho cristão, na vida de todos os dias”, acrescentou.
A intervenção aconteceu no mesmo dia em que o Papa publicou a mensagem para o próximo Dia Mundial das Missões, evocando a fundação, há 400 anos, da Congregação de Propaganda Fide – hoje designada Congregação para a Evangelização dos Povos – e, há 200 anos, da Obra da Propagação da Fé.
Esta, juntamente com a Obra da Santa Infância e a Obra de São Pedro Apóstolo, foram reconhecidas como Pontifícias há 100 anos.
Francisco destacou que a Propaganda Fide se revelou “crucial para tornar a missão evangelizadora da Igreja verdadeiramente tal, isto é, independente das ingerências dos poderes do mundo”.
O Papa destaca o trabalho de Pauline Jaricot (1799-1862), fundadora da Obra da Propagação da Fé, que vai ser beatificada a 22 de maio, na cidade francesa de Lyon.
“Embora em condições precárias, ela acolheu a inspiração de Deus para pôr em movimento uma rede de oração e coleta para os missionários, de modo que os fiéis pudessem participar ativamente na missão ‘até aos confins do mundo’. Desta ideia genial, nasceu o Dia Mundial das Missões, que celebramos todos os anos”, precisa.
A mensagem evoca ainda o trabalho do bispo francês Charles de Forbin-Janson, que iniciou a Obra da Santa Infância, para promover a missão entre as crianças, e de Jeanne Bigard, que deu vida à Obra de São Pedro Apóstolo, para apoio dos seminaristas e sacerdotes em terras de missão.
“Foi também sob a inspiração e guia do Espírito Santo que o Beato Paolo Manna, nascido há 150 anos, fundou a atual Pontifícia União Missionária a fim de sensibilizar e animar para a missão os sacerdotes, os religiosos e as religiosas e todo o povo de Deus”, refere ainda Francisco.
O Papa elogia as quatro Obras Missionárias Pontifícias pelos seus “grandes méritos históricos”.
“Queridos irmãos e irmãs, continuo a sonhar com uma Igreja toda missionária e uma nova estação da ação missionária das comunidades cristãs”, conclui.
OC