Francisco evoca reféns israelitas e pede ajuda humanitária para Gaza
Cidade do Vaticano, 19 jan 2025 (Ecclesia) – O Papa saudou hoje, no Vaticano, o cessar-fogo entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza, alertando para a crise humana no território palestina e evocando as famílias dos reféns israelitas.
“Espero que tudo o que foi acordado seja imediatamente respeitado pelas partes e que todos os reféns possam finalmente regressar a casa, para se juntarem aos seus entes queridos. Rezo muito por eles e pelas suas famílias”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do ângelus.
“Espero também que a ajuda humanitária chegue anda mais rapidamente à população de Gaza, que dela necessita com tanta urgência, e em grande quantidade”, acrescentou, perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.
O cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza entrou em vigor às 11h15 locais (09h15 em Lisboa), anunciou o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
O Papa manifestou a sua gratidão “a todos os mediadores”.
“É um bonito trabalho, o da mediação para que a paz seja alcançada. Obrigado aos mediadores. E também agradeço a todas as partes envolvidas neste importante resultado”, declarou.
Francisco sustentou que “tanto os israelitas como os palestinos precisam de sinais claros de esperança”.
Espero que as autoridades políticas de ambos os lados, com a ajuda da comunidade internacional, consigam chegar à justa solução de dois Estados e possam dizer sim ao diálogo, sim à reconciliação, sim à paz. Rezemos por isso: o diálogo, a reconciliação e a paz”.
O conflito em curso em Gaza foi desencadeado por um ataque do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, a 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou quase 47 mil mortos, na maioria civis.
“Rezemos sempre pela martirizada Ucrânia, pela Palestina, Israel, Myanmar e por todos os povos que sofrem com a guerra”, apelou o Papa.
OC