Audiência pública semanal contou com apelos ao acolhimento de todos na Igreja
Cidade do Vaticano, 09 set 2015 (Ecclesia) – O Papa Francisco cumprimentou hoje no Vaticano os bispos portugueses, que se encontram em visita ‘ad Limina’, e deixou um apelo ao acolhimento e à fraternidade na Igreja, com “portas abertas”.
“Caríssimos peregrinos de língua portuguesa, saúdo-vos a todos, em particular os bispos de Portugal, que vieram em visita ad Limina. Obrigado por terem vindo à audiência”, disse, cumprimentando depois os fiéis das paróquias de Santo André, São Caetano do Sul, Pontinha e Mafamude.
“Nas Bodas de Caná, estava presente a Mãe de Jesus, que deu este conselho aos serventes: «Fazei aquilo que Ele vos disser». Deixai-vos, irmãos e irmãs, inspirar por esta Mãe e encontrar-vos-eis perante o milagre. Assim Deus vos abençoe”, acrescentou.
A tradicional catequese de Francisco abordou a ligação entre a família e a comunidade cristã, “a casa dos que acreditam em Jesus como fonte da fraternidade entre todos os homens”.
“Jesus não cessa de acolher e de falar com todos, também com quem já não espera encontrar Deus na sua vida. É uma lição forte para a Igreja”, sustentou.
Nesse contexto, o Papa pediu que a Igreja tenha “a forma de uma casa acolhedora”, sempre com as portas abertas.
“As igrejas, as paróquias, as instituições com portas fechadas não se deveriam chamar igrejas, deveriam chamar-se museus”, alertou.
O Papa sublinhou que nos Evangelhos, a assembleia de Jesus tem “a forma de uma família”, não de uma “seita exclusiva, fechada”.
“Encontramos ali Pedro e João, mas também quem tem fome e sede, o estrangeiro e o perseguido, a pecadora e o publicano, os fariseus e as multidões”, elencou.
A família e a paróquia, prosseguiu Francisco, são dois lugares em que se realiza a “comunhão de amor” que tem a sua fonte “no próprio Deus”.
“A história dos afetos humanos escreve-se diretamente no coração de Deus e é a história que permanece para a eternidade”, declarou.
OC