Leão XIV vai permanecer na residência pontifícia entre 6 e 20 de julho, regressando de 15 a 17 de agosto


Cidade do Vaticano, 17 jun 2025 (Ecclesia) – O Papa Leão XIV vai passar um período de descanso na residência pontifícia de Castel Gandolfo, nos arredores de Roma, retomando uma tradição das últimas décadas, que tinha sido interrompida por Francisco.
O Vaticano anunciou hoje, em comunicado, que o pontífice vai deslocar-se para as ‘Villas Pontifícias’ na tarde de 6 de julho, domingo; no dia 13 do mesmo mês, pelas 10h00 locais (menos uma em Lisboa), Leão XVI vai presidir à Missa na paróquia de São Tomás de Villanova, em Castel Gandolfo, seguindo-se a recitação do ângelus, pelo meio-dia, na Praça em frente ao Palácio Apostólico.
No domingo, 20 de julho, às 09h30, o Papa vai presidir à Missa na Catedral de Albano, regressando a Castel Gandolfo para a recitação do ângelus, na mesma praça, antes de voltar ao Vaticano, nessa tarde.
No mês de julho, todas as audiências privadas e as audiências gerais de quarta-feira (dias 2, 9, 16 e 23) vão ser suspensas; a audiência pública semanal volta a acontecer a partir de 30 de julho.
O Jubileu dos Jovens, um dos maiores eventos do Ano Santo, vai decorrer de 28 de julho a 3 de agosto, em Roma.
Os espaços da residência pontifícia de Castel Gandolfo, a 25 quilómetros de Roma, incluem desde 2016 um polo museológico aberto ao público, onde também era oferecida a possibilidade de degustar os produtos das próprias ‘Villas’, por decisão do Papa Francisco.
O antecessor de Leão XIV preferiu passar todo o verão na Casa Santa Marta, onde residia, e em 2023 instituiu em Castel Gandolfo o ‘Borgo Laudato si’, para o desenvolvimento da educação ecológica, que o atual Papa visitou no final de maio.
O Vaticano informa que Leão XVI vai voltar a Castel Gandolfo a 15 de agosto, solenidade da Assunção de Maria, para celebrar a missa na paróquia local, pelas 10h00 (09h00 em Lisboa) e rezar o ângelus na Praça da Liberdade, diante do Palácio Apostólico; a 17 de agosto, domingo, o Papa recita o ângelus na mesma praça, ao meio-dia de Roma, antes de voltar ao Vaticano.
A residência pontifícia de verão é maior do que o próprio Estado da Cidade do Vaticano.
Castel Gandolfo, nas margens do lago Albano, é escolha dos Papas para o período estival desde Urbano VIII (1623-1644), num castelo que pertence à Santa Sé, com direito de extraterritorialidade.
Cada castelo da região tem o nome do senhor da fortaleza – no caso da residência pontifícia era a família Gandulfi, natural de Génova.
Cerca de 1200, os Gandulfi construíram o seu pequeno castelo que, no século seguinte passou para a família Savelli, a qual manteve esta edificação até 1596; nesse ano, por causa de uma dívida que a família não conseguiu pagar ao Papa Clemente VIII (1592-1605), a propriedade passou para o pontífice e, em 1640, foi declarada propriedade inalienável da Santa Sé.
João Paulo II, Papa entre 1978 e 2005, passou vários períodos do ano em Castel Gandolfo e Bento XVI (2005-2013) costumava passar as suas férias de verão nesta localidade, que o acolheu nas primeiras semanas após a renúncia ao pontificado.
OC