Secretário de Estado disse não ter falado com Francisco sobre eventual renúncia

Cidade do Vaticano, 17 mar 2025 (Ecclesia) – O Papa regista “ligeiras melhorias” nas capacidades respiratórias e motoras, informou a sala de imprensa da Santa Sé, que fala numa situação “estável”.
No 32.º dia de internamento, devido a problemas respiratórios, Francisco alternou o seu tempo entre “a oração, o descanso e os tratamentos”.
A informação enviada aos jornalistas acrescenta que a situação é “estável” e que o Papa já consegue passar alguns momentos sem a oxigenação de alto débito, continuando a dormir com a ajuda da ventilação mecânica não-invasiva.
Um dia depois da divulgação da primeira imagem de Francisco, desde o início do internamento, o Vaticano explicou que “o inchaço da mão que se notava na fotografia se devia à mobilidade reduzida, mas já melhorou hoje”.
O próximo boletim médico está previsto para quarta-feira.
Esta tarde, o secretário de Estado do Vaticano foi questionado por jornalistas italianos sobre uma eventual conversa com o Papa sobre a renúncia ao pontificado.
“Não, de todo”, disse o cardeal Pietro Parolin, em resposta a uma questão da RAI.
Falando à margem de um evento para assinalar o Ramadão, o responsável disse que falou com o Papa na última semana, em visita ao Gemelli.
“Penso que temos de nos cingir aos boletins médicos, porque são eles que nos dizem exatamente qual é o estado do Papa. Mas eu já o vi há uma semana, não tive oportunidade de o voltar a ver desde então. Achei-o melhor do que da primeira vez, achei-o melhor”, acrescentou o cardeal Parolin.
O colaborador do Papa sublinhou que essa é “uma avaliação de quem vê de fora”.
“Quanto ao resto, temos de nos cingir ao que os médicos nos dizem”, insistiu o secretário de Estado do Vaticano.
Francisco está internado no Gemelli desde 14 de fevereiro, tendo sido diagnosticado com uma infeção polimicrobiana das vias respiratórias, que se agravou para uma pneumonia bilateral.
O Papa deixou de ter prognóstico reservado há uma semana, após a estabilização da infeção respiratória, registando melhorias, mas continua sem previsão de alta médica, dado que ainda necessita de tratamento em ambiente hospitalar, num quadro definido como “complexo”.
OC