Francisco participou na «Clinton Global Initiative», apontando a crises ecológica e migratória
Cidade do Vaticano, 18 set 2023 (Ecclesia) – O Papa participou hoje na ‘Clinton Global Initiative’, em ligação digital com Nova Iorque, reforçando a sua oposição à guerra e projetos de “conquista”.
“É tempo de encontrar a mudança da paz, a mudança da fraternidade. É tempo de calar as armas, é tempo de voltar ao diálogo, à diplomacia. É tempo de parar os projetos de conquista e de agressão militar. Por isso, repito: não à guerra. Não à guerra”, indicou, numa intervenção divulgada pelo Vaticano.
A iniciativa decorre até terça-feira, com organização da Fundação Clinton, ex-presidente dos Estados Unidos da América, este ano com particular atenção à crise humana na Ucrânia.
O discurso do Papa foi precedido pela projeção de um vídeo com imagens de Francisco, nas suas viagens internacionais e em encontros com pessoas desfavorecidas.
Falando em espanhol, o pontífice sustentou que “só juntos é possível curar o mundo do anonimato que é a globalização da indiferença”.
Francisco apontou à “terceira guerra mundial aos pedaços”, para apelar a uma “grande assunção de responsabilidade comum”.
“É tempo de voltar ao diálogo, à diplomacia”, desejou.
O Papa explicou que o hospital pediátrico Bambino Gesù, da Santa Sé, já tratou mais de dois mil pacientes ucranianos, fugidos do seu país por causa da guerra, desejando que nenhuma criança fique “sem cuidados” médicos.
A intervenção aludiu ainda a uma “catástrofe ecológica”, convidando todos a trabalhar juntos “antes que seja demasiado tarde”.
“Vamos agir antes que seja demasiado tarde”, insistiu.
O Papa quis falar também da crise migratória, evocando “o olhar das crianças” que estão em campos de refugiados.
“É tempo de pensar nos mais jovens, nas crianças, na sua educação, no cuidado com elas”, apontou.
OC