Francisco regressou à janela do apartamento pontifício para a recitação do ângelus
Cidade do Vaticano, 07 fev 2021 (Ecclesia) – O Papa defendeu hoje no Vaticano a necessidade de cuidar dos doentes e defender a vida, falando aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, para a recitação da oração do ângelus.
“A realidade que estamos a viver em todo o mundo, como resultado da pandemia, torna esta mensagem particularmente relevante, esta missão essencial da Igreja”, assinalou Francisco, evocando a próxima celebração do Dia Mundial do Doente (11 de fevereiro).
A intervenção destacou que Jesus Cristo mostrou sempre “predileção pelas pessoas que sofrem no corpo e no espírito”.
“Isso continuou, sem interrupção, na vida da Igreja até hoje. Cuidar de todos os tipos de doentes não é uma atividade opcional da Igreja, algo acessório, não, é parte integrante da sua missão, como a de Jesus: levar a ternura de Deus à humanidade sofredora”, apontou.
Perante a fragilidade humana, indicou Francisco, Jesus respondeu “com uma presença de amor que se inclina, que toma pela mão e faz levantar”.
“Proximidade, ternura, compaixão”, recomendou o Papa aos católicos.
Após a oração, Francisco associou-se à celebração, na Itália, da Jornada pela Vida, sobre o tema “liberdade e vida”.
“Uno-me aos bispos italianos, para recordar que a liberdade é o grande dom que Deus nos deu para procurar e atingir o próprio bem e o dos outros, a partir do bem primário da vida”, apontou.
O Papa rezou para que a sociedade rejeite “todos os atentados contra a vida” e esta “seja tutelada em todas as suas fases”.
A intervenção deixou uma preocupação pessoal com o “inverno demográfico italiano”.
“Na Itália, os nascimentos caíram e o futuro está em perigo. Assumamos esta preocupação, procuremos que este inverno demográfico acabe e floresça uma nova primavera de crianças”, apelou.
O Papa manifestou a sua satisfação por, vários meses depois, poder voltar a rezar o ângelus desde a janela do apartamento pontifício, com peregrinos na Praça – um encontro que estava suspenso por causa da pandemia de Covid-19.
“Estou feliz por vos ver de novo, reunidos na Praça, também os do costume, as irmãs espanholas, que são corajosas, com chuva, com sol, estão sempre aqui. E os jovens da Imaculada. Todos vós, estou feliz”, declarou, no final do encontro de oração.
OC