Francisco recorda conflito entre Israel e Palestina, sem esquecer guerra na Ucrânia
Cidade do Vaticano, 08 nov 2023 (Ecclesia) – O Papa reforçou hoje, no Vaticano, o seu apelo por uma “paz justa” entre Israel e Palestina, evocando ainda as vítimas da guerra na Ucrânia.
“Pensemos e rezemos pelos povos que sofrem com a guerra, não esqueçamos a martirizada Ucrânia e pensemos no povo palestino e israelita. Que o Senhor nos leve a uma paz justa”, disse, no final da audiência pública semanal, que decorreu na Praça de São Pedro.
Francisco recordou, em particular, o sofrimento humano provocado pelos conflitos.
“Sofre-se tanto, sofrem as crianças, sofrem os doentes, os velhos, morrem tantos jovens. A guerra é sempre uma derrota, não o esqueçamos: é sempre uma derrota”, declarou.
Na última segunda-feira, o observador permanente da Santa Sé junto das Nações Unidas, em Nova Iorque, pediu que a comunidade internacional trabalhe para uma “paz justa” entre Israel e Palestina, condenando a “uma escalada de violência sem precedentes” das últimas semanas, que levou a “níveis deploráveis de sofrimento”.
O arcebispo Gabriele Caccia destacou que, “como em qualquer conflito, a Santa Sé apela à proteção absoluta de todos e de cada um dos civis”.
“É imperativo que os hospitais e as instalações médicas, os campos de refugiados, as escolas, bem como os locais de culto e as suas instalações não sejam alvo de ninguém”, acrescentou.
A 7 de outubro, o movimento islamita Hamas realizou um ataque surpresa contra Israel que fez mais de 1400 mortos, na maioria civis, e cerca de 5 mil feridos, além de mais de 200 reféns.
A retaliação israelita, na Faixa de Gaza, provocou mais de 10 mil mortos, entre os quais mais de 4 mil crianças, mais de 25 mil feridos e cerca de 1,5 milhões de deslocados, segundo o mais recente balanço das autoridades locais.
Francisco tem repetido, nas últimas semanas, os seus apelos à paz, afirmando a necessidade de chegar a um cessar-fogo, de libertar os reféns nas mãos do Hamas e de permitir a passagem de ajuda humanitária à população de Gaza.
Na saudação aos peregrinos de língua árabe, esta manhã, o Papa apelou à coragem de “agir com todos os que trabalham nesta terra para a libertar do mal e a restituir à sua bondade original”.
OC