Francisco sublinha «horror» da violência sobre populações da Ucrânia, Palestina e Israel
Cidade do Vaticano, 20 mar 2024 (Ecclesia) – O Papa reforçou hoje os seus apelos em favor das negociações de paz, para travar o “horror” da guerra que atinge as populações da Ucrânia, Palestina e Israel.
“Nunca esqueçamos que a guerra é sempre uma derrota, não se pode avançar com a guerra. Devemos fazer todos os esforços para procurar acordos, negociar para acabar com a guerra. Rezemos por isto”, pediu, falando aos participantes na audiência pública semanal, que decorreu na Praça de São Pedro.
Francisco evocou a intercessão de São José, cuja solenidade litúrgica se celebrou esta terça-feira, sobre os povos da “martirizada Ucrânia e da Terra Santa, a Palestina, Israel, que tanto sofrem o horror da guerra”.
O Papa dirigiu-se aos milhares de peregrinos e visitantes no final da audiência, após ter explicado, à chegada, que a tradicional catequese, “na linha dos vícios e das virtudes”, iria ser lida por um colaborador.
“Eu ainda não posso”, justificou.
Francisco está limitado, há várias semanas, por problemas respiratórios que o impedem de proferir intervenções mais longas.
A reflexão de hoje abordou a virtude da “prudência”: “Num mundo dominado pelas aparências, pelos pensamentos superficiais, pela banalidade tanto do bem quanto do mal, a antiga lição da prudência merece ser recuperada”.
A catequese papal destacou que esta é uma qualidade de quem é chamado a governar: “Sabe que administrar é difícil, que há muitos pontos de vista e que é preciso tentar harmonizá-los, que se deve fazer o bem não a alguns, mas a todos”.
O encontro assinalou a celebração do Dia da Vida, a 24 de março, na Polónia.
“Que a Polónia seja um país que proteja a vida em todos os momentos, desde que surge no ventre materno até ao seu fim natural. Não se esqueçam de que ninguém é dono da vida, nem da própria nem da dos outros”, pediu o Papa.
Francisco deixou também uma saudação aos participantes de língua portuguesa.
“Na próxima semana celebraremos o mistério Pascal, a paixão, morte e ressurreição do Senhor, razão da nossa fé e da nossa esperança. Que Ele vos abençoe abundantemente e que Nossa Senhora vos guarde”, desejou.
OC